9 de maio de 2024 06:10

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”Dad Charada”: A assustadora trajetória de um dos maiores assassinos de Palmas; criminoso também gerenciava loja virtual de drogas na Capital

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''Dad Charada'': A assustadora trajetória de um dos maiores assassinos de Palmas; criminoso também gerenciava loja virtual de drogas na Capital

A investigação da Polícia Civil do Tocantins que prendeu o criminoso conhecido como Dad Charada, também revelou que o mesmo teria conseguido um cargo de destaque dentro da facção criminosa, em um curto espaço de tempo, por ser uma pessoa detalhista e articulada. Charada é apontado como o mandante da maioria dos assassinatos registrados em Palmas em 2023, além de ter planejado matar um rival utilizando uma bomba.

De acordo com a polícia, a onda de assassinatos teve início quando Dad Charada trocou de facção nos últimos anos, intensificando uma guerra por poder econômico e território. O suspeito foi preso em Passo Fundo (RS) e posteriormente transferido para o Tocantins.

O responsável pela defesa do suspeito, advogado Zenil Drumond, informou que não teve acesso à maioria dos inquéritos contra seu cliente, os quais estão sob sigilo judicial. Ele destacou que, em relação ao mandado de prisão que resultou na captura, Dad Charada é inocente. (Leia a nota completa abaixo)

Já em um cargo de comando da nova organização criminosa, Charada passou a utilizar táticas de marketing digital para vender drogas em Palmas. Interceptações de mensagens revelaram que o grupo havia estabelecido lojas virtuais e até mesmo uma central de atendimento ao cliente.

Em um perfil nas redes sociais, a polícia encontrou tabelas de preços das drogas. Em uma das conversas, Charada questionou um comparsa sobre a demora na publicação de conteúdo nas redes sociais.

“Não esqueça dos seus compromissos com a lojinha. Priorize isso hoje. Assim posso fazer o marketing hoje. A lojinha não posta nada há 3 dias. O engajamento está caindo”, afirmou.

''Dad Charada'': A assustadora trajetória de um dos maiores assassinos de Palmas; criminoso também gerenciava loja virtual de drogas na Capital

Conversas em aplicativo mostram funcionamento de loja virtual de drogas — Foto: Reprodução

A investigação apontou que o criminoso era responsável por articular pelo menos 50 assassinatos e planejava matar mais 100 rivais até o fim do ano. Ao trocar de facção, ele obteve informações privilegiadas sobre seus antigos comparsas.

“Era seu plano assassinar outro importante traficante da facção paulista. Ele pretendia colocar uma bomba e detoná-la por controle remoto. Seu objetivo era realmente causar o caos na cidade. Sua prisão é de extrema importância e esperamos que os índices de criminalidade voltem ao normal”, comentou o delegado Eduardo Menezes.

Segundo a polícia, o suspeito também se envolveu em uma série de ataques a ônibus do transporte público, uma estratégia utilizada para criar caos e escapar da polícia.

“Ele estava sendo perseguido pela PM e ordenou a seus comparsas que chamassem a atenção dos órgãos de segurança no plano diretor, para desviar o foco do setor sul da capital, onde estava escondido”, disse o delegado Thyago Bustorff, durante entrevista coletiva realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quarta-feira (12).

Prisão em Passo Fundo

Dad Charada havia fugido para Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e conseguiu obter documentos em outro nome. Ele chegou a agendar uma audiência na Polícia Federal, na tentativa de obter um passaporte para fugir para Portugal.

Ele foi preso pela Polícia Civil durante a operação Gotham City, nesta semana, em um inquérito que investiga a morte de Wenesph Freitas da Silva, de 30 anos, e Giovanna Alessandra Ribeiro da Silva, de 23 anos. Outros dois suspeitos do mesmo crime também estão detidos.

Posição da defesa

”Primeiramente, a defesa esclarece que a advocacia é uma atividade nobre, na qual prestamos um serviço técnico na defesa de nossos clientes, sem escolhermos as causas que iremos defender. Somos guiados pelo dever de defender.

Em relação aos fatos atribuídos a nosso cliente, esclarecemos que a maioria dos inquéritos nos quais ele é indiciado estão sob sigilo judicial, níveis 3 e 4, dos quais ainda não tivemos acesso. Portanto, neste momento, é prematuro elegermos uma linha de defesa, sendo essencial o acesso total e irrestrito aos autos.

Quanto ao mandado de prisão que resultou na captura de nosso cliente, esclarecemos que ele é inocente. Entre os supostos autores, existem outros dois investigados que supostamente estiveram envolvidos na execução do crime, não havendo provas concretas contra nosso cliente”.

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