O ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda não vai poder responder em liberdade ao processo da operação 12º Trabalho, da Polícia Federal. A decisão de negar um habeas corpus para ele é do desembargador Hilton Queiroz, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Miranda está preso desde a última quinta-feira (26) em uma sala do estado maior no Quartel de Comando Geral da Polícia Militar em Palmas.
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Na decisão, o magistrado entendeu que a prisão é necessária para que a investigação não sofra interferências. “Tendo em vista que o depoimento do colaborador, Alexandre Fleury, feito em 29/03/2019, cuja delação foi homologada pelo STJ, trouxe à tona a dimensão dos crimes praticados pela organização criminosa, à qual pertencia o paciente, destacando-se, entre os delitos, homicídio, ocultação de bens e disputas de terras”, escreveu o desembargados.
O irmão de Marcelo, José Edmar Brito Miranda, também segue preso. Ele está em uma cela para presos com diploma de nível superior na Casa de Prisão Provisória de Palmas. O pai dos dois, José Edmar Brito Miranda, tinha sido solto na sexta-feira (27) após pagar fiança de 200 salários mínimos.
Os três são apontados pelo Ministério Público Federal como responsáveis por um esquema de corrupção que pode ter desviado mais de R$ 300 milhões dos cofres do Tocantins. Marcelo Miranda foi governador do Tocantins por três mandatos, sendo que foi cassado antes de completar dois deles.
O pedido de habeas corpus tinha sido feito pela defesa nesta terça-feira (1º). A decisão do desembargador foi publicada às 19h36 desta quarta-feira (2).