Desde 2017 causando transtornos para moradores e comerciantes, as obras inacabadas do projeto “Shopping a céu aberto”, na Avenida Tocantins, em Taquaralto, foram tema de Audiência Pública na noite desta terça-feira (22), no setor Santa Fé II, região sul de Palmas.
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O evento foi promovido pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) no Centro Educacional Prisma e teve como objetivo, segundo a promotora de Justiça Kátia Gallieta, que conduziu a audiência, ouvir moradores e comerciantes do local.
Conforme as apurações do Jornal Sou de Palmas, que esteve no local, na ocasião, marcaram presença, representantes da Prefeitura, Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa, além de lideranças locais, empresários e autoridades de segurança.
O assunto principal mencionado pela maioria dos participantes foi a retirada das ciclovias, que acabaram deixando a Avenida estreita por conta da ampliação do canteiro central. Um dos empresários destacou que o fluxo de vendas caiu de forma considerável devido ao congestionamento e falta de locais para os veículos estacionarem.
Outro ponto de destaque foi levantado por representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, visto que o fluxo da Avenida impede a locomoção rápida de veículos de emergência, podendo comprometer até vidas. Há, ainda, a dificuldade nos deslocamentos para atender ocorrências.
O transporte público também foi discutido, uma vez que o embarque e desembarque leva um tempo significativo gerando dificuldade para os motoristas.
Entenda
Desde que as obras na avenida começaram, ainda em 2017, elas se tornaram motivo de constante reclamação dos comerciantes locais. A primeira etapa da obra tinha um orçamento de R$ 17 milhões. Foram feitos o recapeamento da pista e ordenamento do trânsito.
Em 2018 o Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu suspender o projeto indicando que houve uma “completa falta de planejamento da Prefeitura de Palmas”.
O embargo durou até o último dia 11 de novembro, quando o TCE publicou uma resolução autorizando a continuidade da obra. Apesar disto, a Secretaria de Transparência e Controle Interno da Prefeitura de Palmas terá que apurar os danos gerados durante esses anos e os responsáveis.
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