Na manhã desta quarta-feira (10), um suspeito envolvido na Operação Canguçu, que estava sendo realizada há 30 dias no Tocantins, foi morto durante um confronto com o Bope do Mato Grosso. O homem foi encontrado após abordar um caminhoneiro na zona rural do Tocantins, onde o motorista conseguiu fugir e procurou a polícia, que iniciou as buscas na região.
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Segundo informações da PM, o confronto aconteceu na TO-354, próximo da fazenda Terra Boa, em Pium, durante a varredura na área de mata, O suspeito foi levado para o hospital por volta das 8h, mas não resistiu. Com ele, foi apreendido um fuzil calibre 556.
A operação foi iniciada após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT) e fugirem para a zona rural do Tocantins. Durante a operação, que conta com mais de 300 homens de cinco estados, foram contabilizados 17 mortos e cinco presos, sendo dois deles detidos no cerco policial na zona rural do Tocantins e os outros três em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
O comandante do Bope de Mato Grosso, tenente-coronel Frederico, destacou que a operação está perseverando para que todos os criminosos possam ser presos e que esse intuito criminoso que vem sendo disseminado no Brasil possa ser extinto:
“Ontem [terça-feira] ele tentou abordar um caminhoneiro que estava trabalhando na região. Esse caminhoneiro nos procurou. Nós começamos a fazer as buscas na região e hoje na varredura na área de mata tivemos esse novo confronto. Esse cidadão foi socorrido para Marianópolis e com ele foi apreendido um fuzil calibre 556”, contou o tenente-coronel Frederico.
A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT) e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada.
A força-tarefa conta com mais de 300 homens de cinco estados. “Já são 30 dias. Nós estamos aqui perseverando para que todos os criminosos possam se presos e esse intuito criminoso que vem sendo disseminado no Brasil possas se extinguir“, afirmou o comandante.
Os criminosos estão cercados e sem saída. Eles chegaram a ficar dias escondidos na copa das árvores e têm se alimentando de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.
Essa é considerada pela polícia uma das maiores operações para capturar criminosos do país. Tanto o comando da operação como os governadores dos estados envolvidos afirmam que as buscas devem continuar até que o último suspeito seja localizado.
Dentre os presos estão dois suspeitos localizados pela Polícia Militar na área da operação Canguçu, no Tocantins, e outros três homens que teriam participado do planejamento do crime capturados pela Polícia Civil do Mato Grosso, em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
Operação Canguçu
As buscas no Tocantins começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais. São mais de 300 policiais de cinco estados.
Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.
Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.
Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.
As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
Fonte: G1 Tocantins