Tocantins – Na última sexta-feira (26), em Augustinópolis, o Tribunal do Júri aceitou integralmente as teses de acusação do Ministério Público (MPTO) e condenou três réus a penas que, somadas, ultrapassam 113 anos de reclusão.
Ruan Vieira de Sousa Silva, Gerson Andrade dos Santos Filho e Rafael Douglas da Silva foram considerados culpados pela morte de José Yaggo da Conceição Soares, em um crime ocorrido em 2022 na mesma cidade.
Os três foram condenados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e tortura. As penas iniciais, somadas, totalizavam 87 anos, mas foram aumentadas para 113 anos e quatro meses de reclusão, com cumprimento imediato em regime fechado. Ruan Silva e Gerson Andrade foram condenados a 37 anos e 8 meses de prisão cada um, enquanto Rafael Silva foi sentenciado a 38 anos.
A atuação do Ministério Público no Júri foi conduzida pelos promotores de Justiça Helder Lima Teixeira e Rodrigo de Souza.
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O crime
Em 6 de agosto de 2022, em Augustinópolis, Rafael Douglas da Silva, Ruan Vieira de Sousa Silva e Gerson Andrade dos Santos Filho assassinaram José Yaggo da Conceição Soares. A motivação do crime foi a disputa pelo domínio exclusivo da venda de drogas na cidade.
Rafael Douglas, chefe de uma organização criminosa, havia determinado que apenas os integrantes de sua facção, autorizados por ele, poderiam vender drogas em Augustinópolis. José Yaggo era membro de uma facção rival e vendia drogas na cidade sem a autorização de Rafael. Para garantir o domínio, Rafael ordenou que a vítima fosse eliminada. Ruan, Gerson e Keven Bruno Sousa Araújo (já falecido) levaram José Yaggo para um matagal na Av. Araguaia, onde o torturaram, obrigando-o a gravar um vídeo renunciando à sua facção e reconhecendo a autoridade do grupo rival. Em seguida, eles o mataram com pedradas na cabeça, deixando o corpo no local.