O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella(Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira (22) em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MP-RJ). Além dele, o empresário Rafael Alvese o delegado Fernando Moraes também foram capturados. O ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da operação, porém não foi encontrado em casa.
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A ação é um desdobramento da Operação Hades, que investiga um esquema de corrupção em um suposto “QG da propina”na prefeitura do Rio de Janeiro. A investigação da polícia mostrou que Marcelo Crivella trocou quase 2 mil mensagens com o empresário Rafael Alves, que não tinha cargo na gestão mas, segundo o MP-RJ, exercia forte influência sobre o prefeito e facilitava contratações em troca de propina.
Com a prisão de Crivella, quem assume a prefeitura é o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felipe (DEM), já que o vice-prefeito da cidade, Fernando McDowell, morreu em maio de 2018.
De acordo com as investigações, empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município entregariam cheques a Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves, então presidente da Riotur. Em troca, Rafael facilitaria a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.
Uma das buscas realizada pela polícia foi feita no Porto do Frade, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense, para apreender uma lanchade 77 pés que pertence a Rafael Alves.
Os mandados são cumpridos pela Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro (CIAF)da Polícia Civil e do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim), do MP-RJ. A decisão é da desembargadoraRosa Helena Penna Macedo Guita.