A 1ª Promotoria de Justiça de Augustinópolis protocolou, nesta segunda-feira (9), uma denúncia contra o policial penal Leonildo Sousa Cruz pela morte do PM Hudson Thiago Lima de Almeida, ambos servidores das forças de segurança do Pará, e por tentativa de homicídio de outras quatro pessoas. Os crimes aconteceram durante uma festa em um bar da cidade no início de abril deste ano.
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Segundo o promotor do caso, Sérgio Ferreira de Almeida, Leonildo terá dez dias para apresentar defesa.
A investigação da polícia apontou que Leonildo fez 15 disparos durante a festa, causando perigo para todos que estavam no local. Além de matar Hudson Thiago, ele baleou o PM Ronaldo da Silva Macedo, também do Pará, e outras três pessoas que estavam no local.
Os feridos foram levados para hospitais da região e conseguiram se recuperar.
A denúncia afirma que o tiroteio começou após uma confusão que teria sido iniciada pelo tio e o irmão de Leonildo Sousa. Durante a briga, o investigado teria sacado uma pistola 9mm, com munição expansiva e letal, descarregando o pente em meio a multidão de cerca de 300 pessoas.
Para o MPE, os crimes são qualificados, pois aconteceram por motivo fútil e causando perigo comum. Leonildo Sousa teve a prisão preventiva decretada pelo juiz da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis e permanece preso na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) de Araguaína (TO).
Entenda
O tiroteio aconteceu na madrugada de domingo, 10 de abril, em Augustinópolis, no norte do Tocantins. O inquérito sobre o caso foi concluído pelo delegado Jacson Wutke, 12ª Delegacia da Polícia Civil. De acordo com a investigação, o policial penal foi o responsável por iniciar os disparos após um atrito insignificante, entre um parente dele e o irmão de um dos policiais militares durante a festa.
Segundo a Polícia Civil, Hudson Thiago foi baleado no chão logo após ter alcançado sua arma e não conseguiu dar nenhum disparo. O segundo PM que estava no local foi baleado e só depois teria dado três tiros para o alto para dissipar as demais pessoas que estavam no local.
Todos os envolvidos são de forças de segurança do estado do Pará.
“Pelas provas reunidas durante a investigação, foi possível verificar que o policial penal, buscando ceifar a vida dos policiais militares teria efetuado, pelo menos, 15 disparos com a sua arma funcional 9mm. A maioria dos tiros foi realizada a esmo, ou seja, à sua própria sorte, sem que o atirador tivesse uma mira definida do seu alvo”, afirmou o delegado.
Como os tiros aconteceram durante um tumulto generalizado, outras três vítimas que não tinham envolvimento com a confusão foram atingidas enquanto buscavam abrigo. Leonildo Sousa Cruz foi indiciado por um homicídio consumado e quatro tentativas de assassinato, todos qualificados por motivo fútil e perigo comum.