Nesta quinta-feira (7), a Polícia Federal (PF) iniciou a fase de ações diretas da ‘Operação Boi de Papel’, visando investigar acusações de fraudes financeiras contra a Agência do Banco da Amazônia em Paraíso do Tocantins.
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Durante esta fase, foram emitidos 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Paraíso do Tocantins, Palmas, Nova Rosalândia, no Tocantins, e Ituiutaba e Araguari em Minas Gerais
Além das buscas, a operação inclui medidas como afastamento de funções públicas e o bloqueio de bens dos investigados, totalizando mais de R$ 3,9 milhões. As investigações apontam que os envolvidos, através de manipulações e acordos, buscaram obter financiamentos fraudulentos do Fundo Constitucional do Norte (FNO).
Funcionários públicos do BASA de Paraíso do Tocantins teriam direcionado o financiamento para certos projetistas para esconder transações financeiras entre os financiadores e os agentes públicos envolvidos.
A PF também destacou que evidências sugerem também a emissão de documentos falsos para simular transações de compra e venda de gado, que na verdade nunca ocorreram.
As atividades suspeitas teriam acontecido entre 2014 e 2021, com cerca de 94 milhões de reais em financiamentos concedidos sob suspeita. A PF busca esclarecer se fraudes similares foram cometidas pelo grupo durante este período. Os envolvidos poderão responder por crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a mais de 36 anos de prisão.
A operação recebeu o nome de “Boi de Papel” devido à natureza das fraudes, onde financiamentos destinados à pecuária eram obtidos mas os investimentos eram apenas fictícios, simulando transações de gado que nunca existiram de fato.