A trágica morte da jovem Emili Nunes Araújo, de apenas 20 anos, foi descoberta após o suspeito de estuprá-la e matá-la a facadas, seu ex-namorado, ligar para Polícia Militar na noite de segunda-feira (24) para informar em qual local tinha deixado o corpo.
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Primeira ligação
Na gravação do telefonema, ele tenta explicar a localização de onde teria visto um cadáver, mas não confessa.
O homem foi identificado como Kalebe José Neres, de 21 anos. Ele foi preso na madrugada desta terça-feira (25).
“Eu queria fazer uma denúncia anônima. Sabe esses acessos entre a praia do Sol e o balneário DNA? Próximo à avenida parque com a LO-31, tem uma rotatória. Foi informado que foi encontrado o corpo de uma moça lá”, diz em trecho da gravação.
A ligação durou quase quatro minutos e o suspeito chegou a fazer uma descrição detalhada do local e de como a vítima estava. “Ela vai estar lá embaixo naquelas entradas alternativas. É um local que é mais alto um pouco, ela tá lá. Ela está de calça, cabelo preto e um top laranja”, disse.
O atendente pergunta se havia mais alguma informação relevante e o suspeito faz um pedido à polícia. “E aí eu gostaria só que vocês procurassem direitinho porque ela está mais embaixo. Tem uns buracos e ela tá meio que lá dentro”.
A polícia informou que fez buscas na região, mas não encontrou a vítima. Depois disso, em ação conjunta a Polícia Militar e a Delegacia de Homicídios, passaram a trabalhar para encontrar quem fez a ligação.
Retornando a ligação
Ao retornar à ligação, a Polícia consegue uma confissão do jovem. Na gravação, Kalebe tenta explicar, novamente, a localização do corpo para o atendente. Ouça o áudio:
O caso
A jovem Emili Nunes Araújo, de 20 anos, morava em Palmas há oito meses junto com uma irmã e trabalhava como caixa de supermercado.
Ela foi estuprada e morta com facadas no pescoço dentro de um carro e teve o corpo jogado próximo ao lago, na região sul da capital. O crime aconteceu na noite de segunda-feira (24).
Após a prisão, o suspeito foi levado para a delegacia e mandado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas. Ele responderá pelos crimes de feminicídio, estupro e ocultação de cadáver.
O homem contou que após jogar o corpo da vítima em um barranco levou o carro até o lago para lavar e retirar as marcas de sangue. A faca utilizada no crime e o aparelho celular da vítima foram jogados na água.
O carro estava escondido no Jardim Laila, em Taquaralto, e foi apreendido pela polícia. O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal de Palmas (IML), onde passa por exame necroscópico. A família de Emili é de Miracema do Tocantins, onde ela deverá ser sepultada.
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