Plantão Policial
Mais acusações: PM suspeito de matar médico em Imperatriz também responde processo por atropelamento e morte de criança de 4 anos
Após ser preso por suspeita de assassinar o médico recém formado, Bruno Calaça, no último dia 26 de julho, em Imperatriz, no Maranhão, o soldado da Polícia Militar, Adonias Sadda, já possuía outras acusações na Justiça.
Adonias responde a um processo onde é acusado de atropelar e matar Hiego Santos, de quatro anos, em Imperatriz. O caso aconteceu há seis anos e continua em tramitação.
Segundo a denúncia, Adonias Sadda deu um forte soco na vítima que era passageira de um veículo que estaria fazendo manobras perigosas. À TV Mirante, a vítima que não quis se identificar, afirmou que se apresentou à polícia e que o PM foi truculento e, após questionar a apreensão do veículo, foi agredida.
“Ele foi muito grosso, muito ignorante. Eu falei ‘você vai me agredir’, quando eu cheguei perto dele falando isso, ele me agrediu. Ele me deu um soco no lado esquerdo do rosto, na mandíbula, e imediatamente eu comecei a chorar e fiquei nervosa”, disse a mulher.
Prisões
Além de Adonias Sadda, também está preso por envolvimento com a morte de Bruno Calaça, o bacharel em direito, Ricardo Barbalho. Ele se entregou à polícia na segunda-feira (9), em Imperatriz.
Nas imagens que registraram a ação, ele aparece junto com o PM e uma terceira pessoa, o empresário Waldez Cardoso, conversando antes dos três partirem para cima de Bruno. O empresário teve a prisão preventiva decretada pela justiça, mas segue foragido.
Investigações
Em dois depoimentos à polícia, Adonias Sadda afirmou que o tiro disparado contra o médico foi acidental. Entretanto, o laudo do exame do corpo de delito feito no soldado desmentiu a versão apresentada pelo PM.
O exame foi realizado na última sexta-feira (30), logo após o soldado da PM ter prestado um novo depoimento. O soldado disse ter sido atingido por um chute de Bruno Calaça, antes do disparo.
De acordo com a Polícia Civil, o laudo mostra que não há compatibilidade entre a lesão apresentada pela PM e o relato prestado por ele. Segundo a Delegacia de Homicídios, a versão foi confrontada com trechos do depoimento e cenas da câmera de segurança que registrou o crime.
Família pede justiça
O irmão da vítima, Willian Calaça, prestou depoimento na audiência de sindicância que investiga o caso. Ele estava do lado de Bruno Calaça quando ele foi morto e espera por justiça.
“É uma situação muito complicada, eu nunca esperei ter que passar por isso na minha vida, perder meu irmão do jeito que aconteceu. Como é que a pessoa chega para se justificar, já com a arma na mão? Será se ela não estava com a intenção de fazer algo?”, disse Willian.
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