Um homem de 28 anos, identificado pelas iniciais R.G.J., foi preso em flagrante na manhã desta quarta-feira (30) em Augustinópolis, no norte do Tocantins, após ser denunciado discretamente por sua companheira enquanto estavam na delegacia. Ele era foragido da Justiça do Mato Grosso, onde foi condenado a 15 anos de prisão por crime de roubo.
A prisão foi realizada pela Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (2ª DEAMV), com apoio da Polícia Militar. Segundo a delegada Daniela Caldas, o casal havia comparecido à unidade policial para registrar um boletim de furto de uma peça automotiva. Durante o atendimento, a mulher aproveitou um momento em que se afastou do suspeito para “beber água” e fez sinais discretos a um servidor da delegacia, denunciando que sofria violência doméstica.
O servidor, treinado para identificar esse tipo de situação, alertou imediatamente os policiais. Ao perceber a movimentação, o homem fugiu em alta velocidade com uma caminhonete, dando início a uma perseguição que se estendeu pelas ruas de Augustinópolis.
Durante a tentativa de abordagem, o suspeito jogou o veículo contra uma viatura da PM, forçando os militares a realizar disparos. Um dos tiros atingiu o pneu da caminhonete, mas o homem conseguiu seguir até um loteamento, onde abandonou o veículo e se escondeu em uma área de mata. Ele ainda conseguiu acionar um amigo para tentar resgatá-lo, mas a equipe policial interceptou o veículo e efetuou a prisão.
Na delegacia, o homem foi autuado em flagrante por tortura, lesão corporal e resistência à prisão. A polícia também confirmou que havia um mandado de prisão em aberto contra ele no Mato Grosso, onde cumpriu pouco mais de cinco anos e estava foragido desde então. Restam cerca de nove anos de pena a serem cumpridos.
Segundo a delegada, a vítima vinha sendo agredida desde o dia anterior e era forçada a confessar que teria informado membros de uma facção criminosa rival sobre o paradeiro do agressor. “Conseguimos interromper um ciclo de tortura e violência extrema que poderia ter resultado em feminicídio”, afirmou Daniela Caldas.
O preso foi encaminhado à Cadeia Pública de Augustinópolis e permanece à disposição da Justiça.
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