A Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira (26), as investigações sobre abusos sexuais e perseguições cometidos por José Aparecido de Sousa de Oliveira, de 45 anos, ex-secretário de Esporte, Cultura e Lazer de Araguaína. Os crimes aconteceram entre 2020 e 2023.
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Conforme o apurado, o indiciado teria se aproveitado da sua condição de superior com as vítimas, quatro servidoras da Secretaria à qual chefiava.
“Consoante os relatos colhidos durante as investigações, o indiciado realizava sistematicamente cantadas e comentários de cunho sexual direcionados às mulheres que laboravam na Secretaria, aproveitando-se da sua condição de superior hierárquico, nos quais elogiava partes dos corpos das vítimas”, destaca o delegado titular da 26ª DP, Luís Gonzaga da Silva Neto.
Relatos das vítimas
Uma das vítimas relatou que o ex-gestor a convidou para tomar vinho juntamente com sua ex-namorada, para satisfazer uma fantasia sexual que tinha, chegando ao ponto de condicionar o atendimento de qualquer pedido da vítima à submissão dela ao seu desejo sexual. A vítima relatou outros comportamentos inadequados por parte do indiciado que, ao perceber que a vítima não iria ceder, passou a persegui-la de várias formas.
Outra vítima relatou que o indiciado constantemente elogiava o seu corpo e tecia críticas quando a mesma vestia roupas mais formais, pois admirava mulheres que se vestiam mais provocantes.
Uma terceira vítima relatou que o indiciado sempre puxava conversas de cunho sexual para com ela. Em certa ocasião, o indiciado segurou o seu órgão genital por cima da calça enquanto olhava para a vítima, deixando-a constrangida e assustada. Em outra oportunidade tocou a perna da vítima sem a sua autorização.
Conclusão
“Várias testemunhas foram ouvidas e outras provas reunidas, o que deixou evidente que dentro da Secretaria ocorreram abusos sexuais de forma sistemática, tendo como autor, o ex-secretário da pasta. Contexto extremamente grave e inaceitável, cuidando-se de conduta criminosa e totalmente contrária aos princípios do serviço público”, pontuou o delegado.
Com a conclusão do inquérito, o ex-secretário foi indiciado por perseguição – stalking majorado (quatro vezes), importunação sexual majorado (três vezes) e assédio sexual (quatro vezes). O caso foi encaminhado para o Ministério Público e o Poder Judiciário.
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