Nesta quinta-feira (29), a Polícia Civil de Ananás, no norte do Tocantins, finalizou a investigação sobre o estupro de uma adolescente de apenas 13 anos no povoado Tamboril, zona rural do município de Angico, ocorrido em abril de 2020. Segundo o delegado do caso, Teofabio Siqueira Alves, as evidências que possuíam foram suficientes para indiciar um homem de 24 anos como suspeito de ser o autor.
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Um dos principais elementos do inquérito é o exame de DNA que comprovou que fluidos corporais encontrados nas roupas da vítima são do suspeito. Um exame de conjunção carnal feito na menor na época do crime também é uma peça importante, já que comprovou que ela foi abusada.
Segundo o depoimento da adolescente, na tarde de 10 de abril de 2020 ela foi, junto com alguns colegas, visitar uma amiga. Quando chegaram na casa, os adolescentes viram que havia um grupo de homens bebendo no local e por isso ficaram conversando do lado de fora da casa.
Após algumas horas, os colegas da jovem junto com a amiga dela resolveram ir a um mercado do povoado para comprar salgadinhos e ela preferiu ficar esperando no local. Ela então entrou na casa para beber um copo de água enquanto os outros adolescentes não retornavam.
Quando entrou na residência, segundo a jovem, ela foi agarrada pelo suspeito e arrastada para um quarto. Os abusos teriam acontecido logo em seguida. A garota contou ainda que logo depois o homem fez com que ela se vestisse e a obrigou a ir embora antes que os demais adolescentes voltassem. Ela teria recebido ordens para não comentar o assunto com ninguém.
A menina só procurou a polícia três dias depois para relatar o acontecido, ainda com muito medo. Como os exames indicavam que o estupro realmente tinha acontecido, a Justiça chegou a decretar a prisão do suspeito.
Ele foi capturado em 29 de dezembro, mas ficou apenas dois meses preso. No dia 9 de março recebeu o direito de responder ao processo em liberdade, enquanto o exame de DNA que estava sendo realizado em um laboratório de Palmas não ficava pronto. Ele continua solto até o momento.
O inquérito foi encaminhado pelo delegado ao Ministério Público, que deve avaliar se há necessidade de mais investigações ou se os elementos reunidos já são suficientes para pedir que a Justiça torne o homem réu e marque um julgamento.