A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (23), seis mandados de busca e apreensão em uma operação conta o desmatamento na terra indígena Xerente, em Tocantínia, na região central do estado. A ação contou com apoio da Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
- Publicidades -
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas e estão sendo cumpridos em Tocantínia, Rio Sono e em Pedro Afonso. A ação foi chamada de Operação Quebra-Galho e conta com a participação de 52 agentes.
A polícia tem como objetivo desarticular quadrilha responsável por desmatamentos no território indígena. As investigações revelaram que a retirada de madeira vem ocorrendo de forma sistemática, há vários anos, nas aldeias Xerente.
O desmatamento é praticado por indígenas e não-indígenas casados com indígenas. A madeira é vendida ilegalmente para comerciantes e atravessadores de cidades próximas.
Esses atravessadores também seriam responsáveis por fornecer motosserras, gasolina, transporte e outros materiais necessários para o desmatamento. De acordo com a PF, foram identificados 16 suspeitos de envolvimento nos crimes.
A operação desta quarta-feira (23) pretende identificar todos que têm envolvimento com os crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão.
O nome da operação faz referência ao nome do local onde ocorreu grande parte do desmatamento, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo, dentro da terra indígena Xerente, em Tocantínia.
Envie sugestões de pauta ou denúncias para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 9 9223-7820