O delegado Evaldo de Oliveira Gomes foi exonerado do cargo de diretor de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado do Tocantins. Ele estava na função há menos de quatro meses e foi exonerado no mesmo dia em que a Polícia Civil deflagrou a segunda fase de uma operação que investiga fraudes em contatos realizados pelo governo estadual.
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A Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) substituiu a Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) após uma reforma administrativa. A delegacia era responsável, entre outras atividades, por investigar políticos suspeitos de corrupção.
Quando a mudança foi anunciada, representantes da categoria apontaram tentativa de interferência política em investigações. Alguns policiais usaram mordaças para protestar durante sessões da Assembleia Legislativa.
Depois disso, a Comissão de Segurança Pública da Câmara de Deputados chegou a convidar o governador Mauro Carlesse (DEM) e o secretário de segurança Pública, Cristiano Sampaio para prestar esclarecimentos.
Evaldo Gomes vai ser substituído pela delegada Cínthia Paula de Lima. A nova diretora está nos quadros da Polícia Civil desde o ano de 2002. Ela já foi presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária e presidente do Sindicato de Delegados de Polícia Civil do Tocantins por dois mandatos.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi questionada sobre a mudança e disse que “o cargo de diretor da DRACCO – Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado é de livre nomeação e exoneração. Ressalta que eventuais ajustes são normais na administração pública e que somente neste ano foram nomeados e exonerados dezenas de servidores na pasta.”