Brasil – O humorista e ex-participante do Big Brother Brasil, Nego Di, foi preso no domingo (14) em Santa Catarina e transferido para o Rio Grande do Sul. Ele é investigado por suspeita de estelionato, acusado de envolvimento em um golpe pela internet. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nego Di é suspeito de ter lesado pelo menos 370 pessoas através de uma loja virtual, da qual é proprietário.
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Os produtos vendidos pela loja nunca teriam sido entregues, e os fatos ocorreram em 2022. A investigação identificou 370 vítimas, resultando em um prejuízo de R$ 330 mil. Contudo, a suspeita é que a movimentação financeira em contas ligadas a Nego Di ultrapasse R$ 5 milhões.
Coletiva de imprensa da Polícia Civil
Na noite de domingo, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa para atualizar informações sobre o caso. Os investigadores confirmaram a transferência de Nego Di para o Rio Grande do Sul e forneceram mais detalhes sobre o suposto esquema.
O delegado Marco Guns informou que a loja “Tadizuera” operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 e pertencia a Nego Di e um sócio, que teve prisão preventiva decretada em 2023. A empresa prometia um prazo de entrega de 50 dias, considerado acima do normal, e muitas vítimas relataram que nunca receberam os itens comprados.
Por volta das 19h, Nego Di ainda estava a caminho do Rio Grande do Sul, com previsão de chegada às 22h, quando seria detido na Penitenciária de Canoas.
Fraudes em rifas virtuais
Na sexta-feira (12), Nego Di e sua companheira, Gabriela Sousa, foram alvo de outra operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Durante buscas na residência do casal em Jurerê, Florianópolis, foi encontrada uma arma de uso restrito das Forças Armadas, resultando na prisão de Gabriela Sousa por porte ilegal de arma. Ela pagou fiança e foi liberada no sábado (13). Além disso, dois veículos de luxo do casal foram bloqueados.
A investigação também apura suspeita de lavagem de dinheiro por rifas virtuais, com prêmios em dinheiro e bens de alto valor que não foram entregues aos vencedores.
Antes da prisão no domingo, Nego Di publicou uma mensagem no X comentando a operação de sexta-feira: “Estávamos preparados para o que aconteceu ontem. Nós sabíamos que iria acontecer mais cedo ou mais tarde, e todo mundo sabe o porquê do que aconteceu ontem”, escreveu.
Defesa de Nego Di
A defesa de Nego Di emitiu uma nota pregando cautela na divulgação dos fatos investigados. Segundo a nota:
“A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.
Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.”