Plantão Policial
”Bati a cabeça muito forte e fiquei inconsciente”, relata mulher após ter sido agredida pelo ex-companheiro na região Norte de Palmas
Uma mulher de 30 anos compartilhou um relato sobre um episódio de violência doméstica na região norte de Palmas. Segundo ela, por volta da meia-noite desta segunda-feira (1), foi convidada pela mãe do suspeito, de 24 anos, com quem havia terminado o relacionamento há três dias, para ir à residência deles e conversar com ele. No entanto, a situação se intensificou durante a conversa, ela conta que foi agredida e chegou a ficar inconsciente.
Ao Jornal Sou de Palmas, ela relatou ter sido agredida com dois socos, um dos quais atingiu seu olho, fazendo-a cair e bater a cabeça no chão.
”Bati a cabeça muito forte e fiquei inconsciente, acordei sendo arrastada pelas pernas na casa com ele dizendo que eu estava fingindo, minha primeira reação foi sair correndo, entrar no carro, trancar as portas e acionar a polícia”, contou ela.
A mãe do suspeito, que tinha saído antes das agressões, chegou no junto com a polícia.
Coação e dificuldades
Ao chegar à delegacia para registrar a queixa, a vítima diz que enfrentou resistência não só da mãe do agressor, mas também de outros familiares, que a coagiram a não seguir adiante com a denúncia. Mesmo com o histórico do suspeito, que inclui passagens por tráfico de drogas e receptação, uma fiança no valor de aproximadamente R$ 2.800,00 foi paga e o ele foi liberado.
”É isso que vale bater em uma mulher no Brasil?”, questionou ela.
A mulher foi até o Instituto Médico Legal (IML) para realizar um corpo de delito e depois para o hospital para tratar das lesões sofridas, incluindo nariz trincado, olho roxo e uma forte pancada na cabeça.
Apelo e alerta
A vítima, que tem um filho de 4 meses com o suspeito, fez um apelo às mulheres para não desistirem de buscar justiça em casos de violência doméstica, mesmo diante de pressões familiares. Ela destacou a importância do apoio da polícia, que incentivou sua denúncia.
”Tínhamos um relacionamento de dois anos e ele dizia que abominava agressão às mulheres, a gente não conhece ninguém… E a família do agressor não deve apoiar esse tipo de comportamento, a culpa nunca é do agressor, as pessoas continuam agindo dessa forma porque sabem que não há consequências. Somos muito suscetíveis há vários tipos de violência, isso pode acontecer com qualquer uma, nunca sabemos, podemos ser mãe, o que for, pode acontecer”, destacou ela.
O homem deve responder por injúria, lesão corporal e violência doméstica.
Violência doméstica no Tocantins
Tipo de Ação | Número |
---|---|
Presos em flagrante | 121 |
Novos inquéritos instaurados | 412 |
Boletins de ocorrência registrados | 638 |
Medidas protetivas de urgência solicitadas | 369 |
Inquéritos policiais concluídos | 83 |
Esses dados representam o resultado da Operação Átria no Tocantins, que começou no dia 1° de março e foi encerrada na última sexta-feira, 29, com o objetivo de combater a violência contra a mulher em todos os 139 municípios do estado.
Tipo de Ação | Número |
---|---|
Suspeitos de agressão presos | 9 |
Inquéritos policiais concluídos | 205 |
Medidas protetivas solicitadas ao Judiciário | 156 |
Esses dados representam o resultado da Operação Shalom, conduzida pela Polícia Civil através da 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM – Palmas Sul), que teve início em janeiro e foi encerrada neste domingo, 31, com o objetivo de combater a violência contra a mulher.
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