As Unidades de Pronto Atendimento da Capital, Upas Norte e Sul, estão em conformidade com todas as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS) para atendimentos de urgência e emergência. A manutenção do padrão de atendimento resultou na recente renovação da qualificação por parte do Ministério tanto para a UPA Sul quanto para a UPA Norte. Esta última ainda teve a capacidade ampliada, saindo de porte II nível V para porte III nível VIII, se igualando a UPA Sul.
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“A renovação da qualificação reforça que os nossos serviços estão funcionando com a qualidade que é exigida pelo Ministério da Saúde, que trabalha com habilitação para o serviço, e aqueles que atingem um padrão de excelência são também qualificados. Então isso demonstra que as nossas unidades funcionam dentro dos critérios estabelecidos e, além disso, amplia também o financiamento da Upa Norte porque houve a mudança de porte”, explica o secretário de Saúde, Daniel Borini.
Para as Upas de porte III nível VIII, o Ministério da Saúde preconiza o atendimento médico composto por cinco médicos diurnos e quatro médicos noturnos, em escala de plantão de 12 horas. Mas na prática, as Upas da Capital funcionam com um número maior de médicos: UPA Sul com 12 médicos e UPA Norte com nove médicos, antes mesmo da ampliação da capacidade.
Capacidade e volume de atendimentos
“Tanto a UPA Norte quanto a Upa Sul já funcionam acima do que é preconizado para termos um conforto maior para os pacientes e uma agilidade maior nos atendimentos, até pelo volume de atendimentos que também é maior do que também preconiza o Ministério”, ressalta Daniel Borini.
Na avaliação do secretário, o volume maior de atendimentos se deve a muitos fatores, o principal deles por ser a Capital do Estado. “A gente tem um acesso muito grande de pacientes do interior que acabam utilizando a nossa rede e o Sistema Único de Saúde é universal. A gente não pode cercear o acesso desses usuários”, observa o gestor.
O aumento no número de atendimentos nas Upas fica claro ao comparar os atendimentos do primeiro quadrimestre de 2019 com o primeiro e o terceiro quadrimestres de 2018. De janeiro a abril de 2018 foram 63.925 atendimentos médicos na UPA Sul e 62.950 na Upa Norte e de outubro a dezembro de 2018 foram 55.886 na UPA Sul e 54.482 na UPA Norte. Já de janeiro a abril de 2019 foram realizados 69.887 atendimentos médicos na UPA Sul e 64.273 na UPA Norte. Desse montante apenas 1,43% dos casos foram encaminhados para o atendimento hospitalar.
Os números representam um aumento de mais de 9,3% (UPA Sul) e 2% (UPA Norte) comparando os primeiros quadrimestres de 2018 e 2019 e de mais de 25% (UPA Sul) e quase 18% (UPA Norte) comparando o primeiro quadrimestre de 2019 com o terceiro quadrimestre de 2018.
Outros fatores que contribuíram para o aumento no início deste ano foram a descontinuidade dos serviços nos hospitais estaduais, as doenças sazonais e a migração de usuários de planos de saúde para o SUS. “Tivemos no início do ano uma descontinuidade dos serviços do Estado e houve uma sobrecarga maior. Também tivemos a questão sazonal de algumas doenças que é comum todo início de ano. Temos muitas pessoas migrando dos planos de saúde e usando como única forma de ter sua saúde garantida a rede pública, além do crescimento da população que é natural numa Capital nova e cheia de oportunidades”, pontua o secretário.
Saúde na Hora
Com a implantação do programa Saúde na Hora que prevê o horário estendido nos Centros de Saúde da Comunidade até às 21 horas, a perspectiva é de que diminua o fluxo de atendimentos nas Upas. “Estamos com um piloto no CSC Albertino Santos (Arse 101) que tem funcionado muito bem com uma boa avaliação da comunidade, e a gente espera agora, para o início do mês de agosto, ampliar o horário em mais dez unidades para que a gente amplie o acesso da população nesses horários que de certa forma beneficia aquele que trabalha o dia todo e que tem a possibilidade de cuidar da sua saúde no período noturno, tendo a sua disposição todos os atendimentos que são feitos durante o dia”, conclui.
Recursos
Para Upas de porte II nível V, o Governo Federal destina R$ 175 mil para custeio, R$ 125 mil para qualificação mais 30% da Amazônia Legal em cima desses valores. Já para as Upas de porte III nível VIII, o Governo Federal destina R$ 250 mil para custeio e R$ 250 para qualificação, mais os 30% da Amazônia Legal em cima desses valores. Em ambos os casos há contrapartida do Estado e também do município. Na prática, com a ampliação da capacidade da Upa Norte, ambas unidades passarão a receber o mesmo valor da União, ou seja, R$ 650 mil mensal para cada unidade. Mas na realidade, são necessários R$ 1,2 milhão para manter cada uma das unidades funcionando, e grande parte da contrapartida vem do município.
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