14 de maio de 2024 18:11

Palmas

Palmas no Fantástico em tema que não é a corrupção: Cinthia Ribeiro é destaque no programa por não ter tido direito à licença-maternidade

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Palmas no Fantástico em tema que não é a corrupção: Cinthia Ribeiro é destaque no programa por não ter tido direito à licença-maternidade
Foto: Jesana de Jesus/G1

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), foi destaque no programa Fantástico, neste domingo (10). Na edição, a Chefe do Executivo falou sobre não ter tido o direito a licença-maternidade quando seu filho, Vittorio Caetano Mantoan, de apenas 4 meses, nasceu.

De acordo com a gestora, a Lei Orgânica do município não prevê licença-maternidade para prefeitas, benefício garantido às mães que se afastam do emprego no final da gravidez ou logo após darem à luz.

Cinthia engravidou aos 44 anos, em plena pandemia da Covid-19. Ao se deparar com alguns sintomas, chegou a pensar que estaria com coronavírus. Mas não, era um bebê a caminho. Vittorio é fruto da relação de Cinthia com o pastor e advogado Eduardo Mantoan.

Vittorio é o segundo filho. O primogênito João Antônio, de 14 anos, é fruto do casamento com o senador João Ribeiro, que morreu em 2013 após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Durante essa segunda gestação, Cinthia não parou de trabalhar. Dois dias antes de o bebê nascer, ela estava entregando obras. Em meio às reuniões e compromissos políticos nem chegou a se preocupar com a licença. Para ela, era um direito garantido, que certamente estaria previsto na lei.

Ao pedir informações para o Chefe da Casa Civil sobre o processo de licença, a gestora descobriu que a Lei Orgânica de Palmas não prevê o afastamento da prefeita para uma licença-maternidade, sequer cita o termo ‘prefeita’.

Para não correr o risco de perder seu mandato, Cinthia montou, com a ajuda dos secretários, um quartinho de bebê na sede da Prefeitura de Palmas. O neném vai para prefeitura apenas quando a gestora tem agenda interna. Quando participa de compromissos externos, ele permanece em casa. No quartinho ao lado do gabinete da mãe, recebe cuidados de uma babá.

Entre uma reunião e outra, a prefeita precisa interromper a agenda para cumprir um dos compromissos mais importantes: dar leite materno, atenção e carinho ao filho.

Lei Orgânica

A redação do Jornal Sou de Palmas entrou em contato com o presidente da Comissão responsável por revisar a Lei Orgânica do município, vereador Moisemar Marinho (PSB), que confirmou a viabilidade de incluir a demanda de licença-maternidade no novo texto.

A Lei que está em vigor na capital foi publicada no dia 20 de julho de 1999. Ao longo dos anos sofreu algumas modificações por meio de emendas. Mas nenhuma delas incluiu o benefício da licença para prefeitas mães.

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