Bob Marley e Luciano Coelho, embora de mundos diferentes, tiveram suas vidas marcadas por uma coincidência trágica. Ambos descobriram que sofriam de melanoma acral, um tipo raro de câncer de pele, após se machucarem jogando futebol, especificamente no dedão do pé.
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Para ambos, o que parecia ser apenas uma lesão comum de jogo, acabou se transformando em uma descoberta médica séria. Marley, na década de 70, e Coelho, anos mais tarde, não viram seus ferimentos cicatrizar como deveriam. Essa persistência levou-os a procurar avaliações médicas que resultaram no diagnóstico de melanoma acral. Este tipo de câncer é peculiar, pois ocorre em áreas do corpo que geralmente estão protegidas da exposição direta ao sol.
O melanoma acral é um dos tipos de câncer de pele mais graves e menos conhecidos, que frequentemente afeta as extremidades do corpo, como mãos e pés, tem incidência em populações do Caribe, América Central e região Amazônica.
Características do Melanoma Acral
De acordo com o oncologista Matías Chacón, do Instituto Fleming de Buenos Aires, o melanoma acral não depende diretamente da exposição ao sol, uma característica que o distingue de outras formas mais comuns de câncer de pele.
Ele se manifesta com manchas marrons ou pretas de bordas irregulares, podendo aparecer nas palmas das mãos, solas dos pés, ou mesmo sob as unhas, locais menos expostos e frequentemente negligenciados durante exames de rotina.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce do melanoma acral é complicado, pois suas marcas podem ser facilmente confundidas com hematomas ou manchas comuns. O oncologista alerta que os melanomas sob as unhas são particularmente perigosos, pois podem ser ignorados até que sejam muito avançados.
Tratamentos geralmente exigem a retirada cirúrgica extensa da área afetada, e em casos mais graves, a amputação de dedos pode ser necessária para prevenir a metástase.