A segunda-feira para os trabalhadores que dependem do transporte público em Palmas, começou um pouco mais difícil esta semana, devido a greve dos funcionários das empresas de transporte urbano da Capital. As primeiras horas deste dia 27 já foram marcadas por protestos e grandes filas nas estações de ônibus.
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Em frente a empresa responsável pelo transporte público do município, os motoristas de ônibus se reuniram para reivindicar melhores condições de trabalho e pedir um ajuste salarial. Como forma de protesto, todos os servidores ficaram parados e de braços cruzados.
Já nas estações, a população se viu em uma situação complicada, pois, com a frota reduzida a 50%, de acordo com informações divulgadas pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Operadores de Máquinas do Estado do Tocantins (Simtromet), o número de trabalhadores é muito superior ao que os veículos suportam.
Subsídio da Prefeitura de Palmas
Em audiência de mediação entre o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros do SIT-Palmas (Seturb) e o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Operadores de Máquinas do Estado do Tocantins (Simtromet), a Prefeitura de Palmas estabeleceu prazo máximo de 15 dias para concluir o processo administrativo e fazer o repasse do subsídio tarifário que vai garantir o reajuste salarial do setor em 10,22% a partir de junho. A mediação proposta pelo Ministério Público do Trabalho, realizada na última sexta-feira, 24, buscou uma conciliação entre as empresas concessionárias e a categoria, diante da iminência da paralisação do serviço de transporte coletivo da Capital, marcada para dia 27 de setembro, próxima segunda-feira.
O subsídio tarifário foi anunciado pela prefeita Cinthia Ribeiro para estabelecer o equilíbrio contratual na concessão do transporte público urbano coletivo de Palmas, visto que a Prefeitura não autorizou o reajuste da tarifa de ônibus em 2020 e 2021, em razão da pandemia do novo coronavírus. Embora resolvida a questão salarial, durante a audiência, a defesa do Simtromet condicionou a suspensão do indicativo de greve à redução da intrajornada, das atuais 5h40 para, no máximo, 2h. Sem acordo com o Seturb, o Simtromet levou para assembleia da categoria a proposta do MPT, de suspender a greve por 15 dias, até o repasse do subsídio da Prefeitura ao Seturb, e posterior retomada das negociações com as empresas quanto à intrajornada. A proposta foi negada pela categoria, que manteve a paralisação para segunda-feira, com a garantia da manutenção de 50% do serviço de transporte coletivo.