Do mês de janeiro até agosto desse ano, Palmas registrou 30 mortes por acidentes de trânsito. O número pode ser ainda maior porque os dados levam em consideração apenas os casos que aconteceram no Plano Diretor da Capital. No mesmo período do ano passado, foram 37. Apesar da redução, há a necessidade de sensibilizar os motoristas quanto aos riscos.
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Até a próxima quarta-feira (25), equipes da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana percorrerão as ruas da cidade para alertar sobre a responsabilidade no trânsito. As ações fazem parte da Semana Nacional de Trânsito.
O irmão do serralheiro João Francisco Nascimento entrou para as estatísticas em outubro de 2018. Ele estava em uma bicicleta e foi atropelado por um motorista com sinais de embriaguez. A sensação da família é de impunidade.
“Ele continua solto, está bem, está tranquilo, não tem nada contra ele. E o meu irmão? Morto. E o filho dele? A gente tem que cuidar agora porque o cara que tirou a vida dele está vivendo a vida. É muito triste”.
A blitiz educativa pretende evitar situações como essa. A intenção é orientar os motoristas a darem carona para a prudência e responsabilidade, andarem sem pressa e usarem o cinto de segurança.
O número de multas aplicadas em Palmas, entre janeiro e julho, mostram que situações de desrespeito às leis de trânsito são recorrentes. Nesse período, foram aplicadas mais de 121 mil multas eletrônicas, aquelas infrações flagradas pelos pardais. Deste total, 7% foram por excesso de velocidade e 11% por avançar sinal vermelho.
A gerente de educação para o trânsito Kerlen Parrião acredita que o melhor caminho, a melhor estrada para se ter um trânsito menos violento ainda é a educação.
“Com a educação, as pessoas podem ser chamadas à responsabilidade. Nós somos responsáveis para ter um trânsito seguro, então é usar cinto de segurança, se estiver dirigindo não atender o aparelho celular, se beber não dirija. São condutas que cada um, tendo essa responsabilidade de não cometer, os acidentes com certeza vão diminuir”.
A coordenadora do Programa Vida no Trânsito Marta Alves alerta para outra situação. Os acidentes ficam caros para o sistema de saúde e quem paga a conta é a sociedade.
“Por isso que a saúde está trabalhando firmemente com relação ao trânsito. A gente usa o Samu, desde o atendimento na rua, até a reabilitação. É um perigo longo, caro, a gente não cirurgias eletivas nos hospitais em razão do alto atendimento de urgência e emergência, o Samu poderia estar socorrendo outras situações e a maior parte do atendimento, são de vítimas de acidente de trânsito”.
Com o tema ‘No trânsito, o sentido é a vida’, a campanha propõe o envolvimento direto da sociedade nas ações e uma reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade. Trata-se de um estímulo a todos os condutores, seja de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, e aos pedestres e passageiros, a optarem por um trânsito mais seguro.