Polêmicas na área da saúde têm ganhado cada vez mais repercussão após a morte na UPA Sul, em Palmas, de Aurilene Lima da Silva, de 41 anos, devido a uma suposta dengue hemorrágica após ter o pedido de transferência para o Hospital Geral de Palmas (HGP) não atendido.
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Desde então, as autoridades estaduais e municipais tem se mobilizado para que situações como essas não se repitam. Neste sábado (20), a prefeita Cinthia Ribeiro comentou as falas do Governador Wanderlei Barbosa, que visitou o HGP no período da manhã no mesmo dia.
Sobrecarga de pacientes
Durante a visita, o gestor afirmou em entrevista à TV Anhanguera: “A gente vê pessoas que às vezes não precisavam vir para cá. Isso sobrecarrega o hospital, a gente vê as pessoas nos corredores. Vimos pessoas raladas e com uma pequena fratura no pé, tudo tem que ser no hospital de alta e média complexidade”.
Questionada a respeito, a Prefeita disse: “Se no HGP tem pessoas que deveriam estar nas UPA’s isso mostra ainda mais a falha na regulação dos leitos e quem faz essa regulação é o Estado… Essa crise não é de Palmas, prova disso é que as mortes na fila de espera do HGP no último ano aconteceram em todos os 139 municípios do Tocantins”.
Ela ainda destacou que o HGP é um hospital de média e alta complexidade:”Com certeza as pessoas que estão ali não estão esperando por uma cirurgia pequena… Se o Estado está permitindo alguém que era para fazer um curativo na UPA e está entrando para o HGP a regulação realmente está falha”.
Falta de ortopedistas nas UPA’s
O Jornal Sou de Palmas perguntou para a gestora sobre a ausência de ortopedistas nas Unidades, visto que é uma das demandas que mais chegam nas UPA’s.
O questionamento também surgiu durante a visita do Governador e o mesmo ressaltou à TV Anhanguera: “Isso está no estatuto das UPAs. Precisa ter, precisa ajudar”.
“Eu determinei ao Secretario Municipal de Saúde que contratasse um serviço especializado de ortopedia. Nós já estamos com processo de credenciamento dessas clínicas”, respondeu a Prefeita.
O Jornal Sou de Palmas ainda ouviu fontes da Secretaria de Saúde Municipal e segundo elas “apenas 1% das demandas enviadas da UPA’s são atendidas pelo HGP”.