O desaparecimento da menina Saphira Ferreira, moradora da região sul de Palmas, completa um ano nesta segunda-feira (30). A criança sumiu na porta de casa onde vivia com a família. Até o momento, a polícia não tem pistas do paradeiro dela.
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“Todo dia me lembro dela, do rosto dela. É muito difícil para uma mãe ter uma filha desaparecida há quase um ano e sem resposta. Eu fico me perguntando todo dia o que aconteceu”, contou Susana Ferreira Lima, mãe da jovem.
As investigações sobre o desaparecimento são feitas pela Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter). A mãe da menina reclama da falta de informações até para ela, que é a mais interessada na resolução do caso.
“Não passaram nada. A gente vai lá eles só falam a mesma coisa. Fico só lembrando dela. Espero que Deus possa nos trazer resposta. Estou muito abalada com isso, não consigo andar sozinha. Fico dentro de casa trancada.”
As buscas, pistas falsas e blusa no quintal
Depois do sumiço, parentes registraram boletim de ocorrência e fizeram buscas em vários locais da capital com ajuda de vizinhos. Grupos percorreram matagais, córregos, quadras próximas e até um lixão após boatos divulgados nas redes sociais.
No mês de junho a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que, ao procurar pistas, a Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos estava trabalhando com a hipótese de que a criança esteve com um homem de bicicleta nas proximidades da casa dela.
Ainda em junho a Polícia Civil descartou uma pista depois que conseguiu imagens da câmera de segurança de um ônibus onde um homem foi visto com uma menina. Após uma análise detalhada ficou verificado que não se tratava de Saphira Ferreira.
Em outubro de 2021 o caso voltou a ganhar repercussão. Isso porque a mãe de Saphira disse que uma blusa da filha apareceu no quintal de casa. A mulher acredita que a roupa era a mesma que a menina usava no dia em que desapareceu.
Casa incendiada e ameaças
Além do desaparecimento da filha, a dona Susana Ferreira foi vítima de outro crime e viu a família entrar em uma situação de extrema vulnerabilidade. A casa dela foi queimada e a família perdeu tudo que tinha.
O suspeito do crime foi preso pela polícia, mas acabou sendo colocado em liberdade no dia seguinte. A família dela agora vive de aluguel, sobrevivendo com doações. “Foi o ano mais difícil à vida da gente”, desabafou.
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