Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse em pronunciamento oficial à nação no início da tarde desta quarta-feira (08/01/2020) que continua avaliando opções para responder ao ataque iraniano, mas não anunciou novas retaliações militares. Antecipou, contudo, que vai impor novas sanções econômicas ao país persa, “que serão mantidas até o Irã mudar seu comportamento”.
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O presidente norte-americano assegurou que os ataques não deixaram vítimas dos exércitos dos EUA ou do Iraque. “Apenas prejuízos mínimos nas nossas bases militares – e isso foi bom para o mundo”, reagiu.
Essa foi a segunda manifestação do presidente dos EUA após a resposta militar do Irã à morte do general Qassim Suleimani por forças americanas após autorização do próprio Trump. Ainda na noite dessa terça-feira (07/01/2020), horas após o ataque com mísseis a bases usadas pelos norte-americanos no Iraque, o republicano publicou mensagem sucinta no Twitter, confirmando a ocorrência, mas dizendo que está “tudo bem”.
O presidente norte-americano defendeu a ação militar dos EUA que matou o general iraniano Qassim Suleimani, a quem tratou como um dos maiores terroristas do mundo e acusou de treinar e financiar grupos terroristas que atacaram americanos. Segundo Trump, “Ele [Suleimani] foi pessoalmente responsável por algumas das maiores atrocidades” ocorridas no planeta nos últimos anos.
Trump começou seu pronunciamento – com quase meia hora de atraso – afirmando que, enquanto for presidente, “não será permitido ao Irã ter armas nucleares”. Ele sinalizou, porém, que pretende lutar por um acordo nesse sentido e disse que espera um futuro de prosperidade para a região do Oriente Médio e para a nação persa com a qual se desentende no momento.
Guerra verbal
Mais cedo, já nesta quarta (08/01/2020), o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o ataque às duas bases aéreas usadas por tropas americanas no Iraque foi um “tapa na cara” dos Estados Unidos. “Ações militares não são suficientes”, completou, em pronunciamento à nação.
O país persa lançou pelo menos 12 mísseis contra bases militares, em Al-Assad e Erbil, no Iraque, segundo o Pentágono.