O afastamento do desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins, Ronaldo Eurípedes de Souza, foi prorrogado por mais um ano. O juiz, acusado de vender sentenças, está impedido de exercer o cargo ou de entrar na sede do TJ desde abril de 2020. A decisão, publicada nesta segunda-feira (25), é do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes.
- Publicidades -
A decisão do afastamento foi tomada após pedido do Ministério Público Federal, o qual alegou que após o oferecimento da primeira denúncia, em 22 de abril do ano passado, outras duas ações penais já foram ajuizadas contra Ronaldo Eurípedes e o assessor técnico do desembargador, em 19 de outubro de 2021 e em 03 de dezembro do mesmo ano.
Dessa forma, segundo Og Fernandes, continuam válidos os motivos que autorizaram o afastamento inicial. Para ele, as denúncias revelam a prática de graves crimes de corrupção ativa e passiva majorados, bem como reiteradas condutas de lavagem de dinheiro, em cifras milionárias e incompatíveis com os rendimentos do desembargador e do assessor técnico.
“De se considerar, ademais, que a investigação persiste e que outras acusações estão em vias de serem apresentadas, o que reforça o fundado receio de que a permanência dos denunciados em seus cargos prejudique o bom andamento da persecução penal”, ressaltou o ministro.
Atualmente a vaga de Ronaldo Eurípedes no TJ-TO é preenchida, em substituição, pelo juiz Jocy Gomes de Almeida.
O MPF ofereceu denúncia sobre o caso no ano passado. O órgão pediu que o desembargador perca a função pública e seja condenado a devolver mais de R$ 3 milhões.