Tocantins – A baixa umidade e a fumaça causada pelas queimadas têm marcado os meses mais quentes no Estado. Entre julho e outubro, o estado enfrenta o chamado “verão amazônico”, caracterizado por poucas chuvas e um aumento significativo nos focos de incêndio. Como resultado, diversas pessoas sofrem com doenças respiratórias agravadas pela densa fumaça que cobre as cidades.
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Especialistas em saúde apontam que a inalação da fumaça pode causar inflamações ao longo das vias aéreas, devido ao tempo seco e quente. Esses fatores, somados aos resíduos e gases tóxicos presentes na fumaça, afetam desde o nariz até os pulmões, aumentando a probabilidade de doenças respiratórias, como asma, rinite, sinusite, viroses respiratórias e infecções de garganta. Sintomas comuns incluem nariz entupido, secreção nasal, tosse, dor de garganta, espirros e falta de ar.
Prevenção e cuidados recomendados por especialistas
Evitar a inalação da fumaça nem sempre é possível, especialmente em áreas onde as queimadas geram grandes quantidades de poluentes. Nesses casos, Hugo Rodrigues sugere que as pessoas busquem ambientes onde o ar seja filtrado, como em locais com ar condicionado. “Recomendamos que se evite a proximidade com os focos de incêndio. Em situações onde a cidade está coberta pela fumaça, é importante ficar em ambientes com ar filtrado, o que pode ajudar a minimizar o impacto na saúde respiratória”, orienta o médico.
Crianças e idosos são os mais vulneráveis, o que demanda uma atenção redobrada. Hugo reforça que, diante de qualquer piora nos sintomas respiratórios, é fundamental procurar ajuda médica. Além disso, manter a hidratação e uma alimentação rica em frutas são medidas essenciais para evitar complicações. O uso de umidificadores de ar ou bacias de água no ambiente também são recomendados para amenizar os efeitos da baixa umidade.
Queimadas no Tocantins: números em alta
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que, entre 1º de janeiro e 7 de agosto deste ano, o Tocantins registrou 5.889 focos de queimadas, um aumento em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 4.312 focos. Apenas na primeira semana de agosto, foram registrados 356 novos focos.
Recentemente, os bombeiros finalizaram operações de combate a incêndios florestais na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Lajeado. A operação, iniciada em 2 de agosto, foi possível graças ao monitoramento por satélite.
Nesta sexta-feira (9), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de baixa umidade no Tocantins, classificando a situação como de “perigo potencial”, o que demanda atenção adicional da população.