Quem pedir “manda nude” agora pode ganhar de volta uma tabela de preços. A quarentena aumentou o sucesso de um site que já crescia ao permitir que uma pessoa venda o acesso às suas imagens: o OnlyFans.
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É uma rede social em que o dono do perfil pode cobrar pelo acesso aos posts, em assinatura mensal ou venda avulsa. Funciona para qualquer conteúdo exclusivo, de músicas a aulas, mas basta entrar e ver que a maioria está ali para vender seus nudes.
O OnlyFans surgiu na Inglaterra em 2016, e ganhou “influencers do sexo” no vácuo das restrições de outras redes. Se no Instagram a nudez é barrada, na nova rede ela é livre e ainda rende dinheiro – tudo restrito a maiores de 18 anos com cadastro do site.
O nome virou pop. Beyoncé o citou na faixa “Savage”, com Megan Thee Stalion, lançada no dia 29 de abril.
“Na hora da maldade é capaz de ela criar uma conta no OnlyFans”, canta Beyoncé.
A socialite Blac Chyna tem o OnlyFans mais famoso nos EUA. Ela é ex-namorada do empresário Rob Kardashian, participou do programa de TV da família e até teve seu próprio reality. Hoje, cobra US$ 50 (cerca de R$ 245) pela assinatura mensal do seu perfil (cinco vezes mais que a média do site).
No Brasil, o OnlyFans tem um site mal traduzido. A página inicial se chama “Casa” e o botão para gorjetas se chama “Deixar dica” (tradução errada do inglês “tip”). Mesmo assim, ele cresce.
Explosão na quarentena
A busca na internet por “OnlyFans” no Brasil dobrou do meio de março, quando começou o período de isolamento social, ao início de junho. A empresa não divulga números, mas diz que o Brasil é um mercado em expansão. Já há 5 mil perfis brasileiros de “criadores de conteúdo” ativos.
Em outras redes sociais dá para ver que o site também virou assunto pop no Brasil. São comuns no Twitter piadas do tipo “se não conseguir pagar meus boletos, vou ter que criar meu OnlyFans”.
Mas quem são as pessoas que tiram a roupa no OnlyFans? E, com tanto conteúdo erótico gratuito na internet, como é que tem gente pagando por isso? Os perfis são diferentes, mas todos notam uma busca por intimidade: mais do que uma imagem sexual qualquer, os seguidores querem uma conexão com o tal nude.