Desde 2019, o programa “Não Me Perturbe”, criado para oferecer proteção ao consumidor, busca coibir abordagens indesejadas de terceiros. No entanto, apesar da iniciativa, milhões de brasileiros continuam expostos a práticas abusivas e tentativas de fraude.
Empresas especializadas desenvolvem sistemas que facilitam a execução em massa dessas práticas, inclusive para ações fraudulentas, como revelado em investigações recentes.
Por que as iniciativas de bloqueio ainda são insuficientes?
Embora grandes instituições participem da plataforma, muitas organizações comerciais e golpistas ignoram as restrições. Técnicas como a falsificação de informações de origem, conhecida como spoofing, ainda são amplamente utilizadas para burlar os mecanismos de controle.
Segundo especialistas, o programa apresenta eficiência entre grandes grupos organizados, mas continua vulnerável a brechas exploradas por estruturas menores e operadores internacionais.
Dados recentes indicam que o volume de ações automatizadas indesejadas continua extremamente alto no país, o que reforça a necessidade de aperfeiçoamentos.
Soluções em desenvolvimento: o projeto “Origem Verificada”
Uma nova ferramenta, chamada “Origem Verificada”, está sendo implantada com o objetivo de autenticar a identidade de quem realiza o primeiro contato. Com essa solução, será possível identificar claramente quem está por trás da abordagem, oferecendo informações visuais, como nome e logotipo da instituição responsável.
Embora não elimine por completo tentativas fraudulentas, o novo sistema permitirá ao usuário reconhecer rapidamente abordagens legítimas e adotar melhores práticas de proteção.
Como se proteger enquanto as novas soluções não chegam?
Enquanto a nova tecnologia não é implementada de forma plena, especialistas recomendam que os consumidores bloqueiem tentativas de abordagem diretamente em seus dispositivos ou utilizem ferramentas específicas de proteção.
Em casos persistentes, a recomendação é identificar quem está tentando o contato e reportar formalmente o caso às autoridades competentes para análise e sanções.
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