Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO) deu início ao processamento de amostras de exames de pacientes da rede pública para liberação de laudos.
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As amostras foram recolhidas do IPC Laboratórios Eireli, de Araguaína, Norte do Estado. Uma intervenção da Vigilância Sanitária ocasionou na rescisão do contrato da empresa com a Secretaria Estadual de Saúde (SES).
De acordo com a SES, o Lacen catalogou 2.762 amostras de exames que rastreiam câncer de colo de útero (citopatológicos). A análise das amostras começará com a coloração dos materiais que foram recebidos sem nenhum processamento. A previsão do Lacen para conclusão das análises é até o final deste mês.
Além disso, será preciso a realização de novo cadastro das amostras no Sistema de Informação do Câncer e no cadastro do Lacen, como executor da análise.
Segundo a diretora do Lacen, Jucimária Dantas, ainda existem amostras que não estavam aptas para análise. Nesses casos, os pacientes terão que ser recrutados para recolhimento de mais materiais.
“O Lacen irá encaminhar relatórios nominais (por município) para a Gerência da Oncologia, a fim de que as pacientes sejam recrutadas para realizar nova coleta, a qual deverá ser feita já no método de citologia em meio líquido, que é a metodologia adotada para esse exame aqui no Laboratório”, explicou.
Com a conclusão das análises dos materiais citopatológicos, o laboratório estadual deverá entrar em contato com os municípios para informar quais pacientes precisarão repetir o exame. O Lacen ainda irá realizar a busca ativa e encaminhamentos dos atendimentos secundários, conforme explicou o responsável pela Gerência da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer, Rodrigo Cândido.
Operação
No último dia 11 de maio, a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins, deflagraram operação de combate a fraudes de empresas ligadas à SES em Palmas. Na época, os agentes descobriram que a sede do Sicar Laboratórios, contratado pela pasta, apresentava irregularidades e condições precárias no tratamento das amostras de pacientes e, inclusive, armazenava úteros em potes reutilizáveis.
No mesmo dia, em Araguaína, uma denúncia anônima informou a polícia que havia material genético humano jogado em uma rua. A Polícia informou que a suspeita era que o laboratório investigado em Palmas e que também mantinha laboratório em Araguaína, seria o responsável por jogar o lixo na via pública da cidade.
Segundo a polícia, a empresa atendia principalmente pacientes do Hospital Geral de Palmas (HGP) com suspeita ou em tratamento de câncer. Após a operação, o contrato da empresa com o governo foi cancelado.
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