4 de maio de 2024 15:09

Cotidiano em destaque

Israel e Hamas: 3º dia de conflito começa com 1,2 mil mortes confirmadas e novos ataques

Publicados

sobre

Israel e Hamas: 3º dia de conflito começa com 1,2 mil mortes confirmadas e novos ataques

O conflito entre Israel e Hamas, que chega ao terceiro dia nesta segunda-feira (9), provocou a morte de ao menos 1.200 pessoas, sendo 700 em Israel, 493 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia, segundo o balanço mais recente. Além disso, milhares de pessoas ficaram feridas.

O porta-voz das forças militares de Israel afirmou que as tropas continuavam balhando em sete ou oito pontos nos arredores da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira.

Quatro divisões de combate foram instaladas no sul do país. No entanto, segundo a defesa de Israel, a operação tem levado mais tempo do que o esperado para estabelecer a segurança na região.

A imprensa internacional reportou novas explosões na Faixa de Gaza. Além disso, o sistema de defesa de Israel também conseguiu abater foguetes inimigos no sul do país.

Durante a noite de domingo (8), Israel diz ter atacado 500 alvos do Hamas e Jihad Islâmica.

Tensões

A escalada de tensão começou no sábado (7), depois que o grupo extremista armado Hamas lançou um ataque contra Israel. A organização lançou foguetes contra cidades israelenses a partir da Faixa de Gaza, enquanto homens armados invadiam o território israelita por terra, ar e mar.

Israel revidou os ataques e declarou estado de guerra. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que a Faixa de Gaza vai pagar um “preço pesado, que vai mudar a realidade de gerações”.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu uma poderosa vingança: “Estamos em guerra e vamos ganhar”.

Durante o domingo (8), um ataque promovido contra Israel pelo grupo Hezbollah, a partir do Líbano, elevou ainda mais a tensão. O grupo declarou apoio ao Hamas e disse que suas armas e foguetes estavam a do grupo extremista.

O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

Israel foi reconhecido como país no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território, e vários acordos já tentaram estabelecer a paz na região, mas sem sucesso.

Nesta segunda-feira, os efeitos do conflito foram sentidos no mercado internacional. Até a publicação desta reportagem, a cotação do barril do petróleo estava em alta de quase 5%.

O que aconteceu até agora

No sábado, lideranças do Hamas anunciaram que estavam iniciando uma grande operação de retomada de território. Um alto comandante do grupo chegou a dizer que mais de 5 mil foguetes tinham sido lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza.

Sirenes foram ouvidas em várias partes de Israel, incluindo grandes cidades, como Tel Aviv e Jerusalém. Os ataques atingiram prédios e veículos, causando estragos em diversas regiões do país.

A imprensa israelense informou ainda que o Hamas pode ter sequestrado até 100 pessoas, levando as vítimas israelenses como reféns para a Faixa de Gaza.

Após a ofensiva, o primeiro-ministro israelense convocou uma reunião de emergência e lançou a operação “Espadas de Ferro”, prometendo uma resposta ao Hamas.

O governo de Israel pediu para que os cidadãos seguissem instruções de segurança. A recomendação é para que as pessoas fiquem próximas de espaços protegidos.

Israel também recebeu o apoio de autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia. O presidente Joe Biden afirmou que os norte-americanos estão prontos para oferecer “todos os meios apropriados de apoio”.

Já no domingo, a operação israelense continuou em regiões nos arredores de Gaza. Além disso, os militares do país revidaram um ataque do Hezbollah na fronteira com o Líbano.

Os alvos do Hezbollah foram três posições militares israelenses em uma região conhecida como Fazendas de Shebaa, que está em um território ocupado por Israel desde 1967. Essa área é reivindicada pelo Líbano.

O que é o Hamas?

Israel e Hamas: 3º dia de conflito começa com 1,2 mil mortes confirmadas e novos ataques

Palestinos assumem o controle de tanque israelense depois de cruzar a fronteira de Israel com Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. — Foto: Said Khatib/AFP

 

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo o atual território de Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o Whatsapp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820

Deixe o seu Comentário

Anúncio


Clique para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Conecte-se

Deixe uma resposta

Mais Vistos da Semana