Maria Eduarda, a pulseira do show da Taylor Swift com as marcas do parto e bebê Maria Flor — Foto: Arquivo pessoal
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Uma fã da Taylor Swift não pôde ver o show tão esperado há anos e para o qual tinha comprado ingressos na última hora. Isso porque ela entrou em trabalho de parto bem na hora da apresentação no último domingo (19), no Rio de Janeiro. Maria Eduarda Mendes de Araújo Lopes, de 24 anos, não sabia que estava grávida até a bolsa estourar quando ela estava já dentro do estádio.
A jovem, que saiu de CaboFrio, na Região dos Lagos do Rio, para ver a apresentação no Engenhão, no Rio de Janeiro , contou ao g1 que começou a sentir dores ainda pela manhã, mas pensou que fosse cólica, uma vez que, segundo ela, não houve alteração no seu ciclo menstrual. Ela diz, inclusive, que estava menstruada no dia do show.
“Era uma dor que ia e voltava, só que não passava na minha cabeça ser contração de gravidez. Eu fiquei das 10h até a abertura do portão esperando e torcendo para que passasse a dor logo, já perto do show”, disse.
Não foi o que aconteceu.
“Assim que cheguei nas cadeiras a dor piorou muito e pedi para meu amigo cuidar do meu lugar para que eu fosse no banheiro e depois na ambulância. Assim que cheguei no banheiro senti a bolsa estourar. A contração veio absurda”, lembra.
Maria Eduarda, de Cabo Frio, não pôde assistir ao show da Taylor Swift no Rio — Foto: Arquivo pessoal. A jovem não chegou a ver o show, somente escutava o som enquanto, ainda tentando entender o que estava acontecendo, ouvia sobre a decisão de ir para o hospital. A jovem foi de ambulância para o Hospital Salgado Filho, onde fez o ultrassom, e, depois, para o Hospital Maternidade Carmela Dutra, onde nasceu Maria Flor.
“Quando a bolsa estourou e entrei na ambulância, eu senti como se ela tivesse já se encaixando pra sair. Eu só vi que era a hora quando o médico me colocou no ultrassom e me avisou que era 100% de chance de ser gravidez de 40 semanas. Eu só teria que fazer força pra sair no parto normal. Foi total surpresa. Eu estava menstruando. Nada me faria cogitar acontecer isso, e no show. Quando cheguei na maternidade, já eram oito centímetros de dilatação”, contou.
Fernando Júnior, de 23 anos, foi o amigo que testemunhou esse momento único na vida de Maria Eduarda.
“Ela estava sentindo ‘cólica’ por aparentemente estar naqueles dias, tomou remédio e tudo. Durante a fila, ela, às vezes, sentia uma cólica que vinha um pouco mais forte e depois acalmava. Perguntei várias vezes se ela queria ir embora que eu ajudava, mas ela dizia que não, que ia aguentar e ficar, até que, por fim, era um bebê”, contou.
Fernando estava nas cadeiras, com as coisas dele e da amiga. Como ela não retornou, ele foi até o posto médico do evento e soube que ela havia sido levada para o hospital.
“Fui de encontro ao hospital que ela foi transferida, e, quando cheguei, ela estava terminando o parto, aí fiquei com ela ali e no pós-parto. O pessoal no hospital me entregou a neném, falando que estava com o peso todo certinho, saudável e tudo, uma surpresa mesmo”, disse o amigo.
“Eu perdi uma parte do show, mas, obviamente, não fiquei chateado com isso”, concluiu Fernando.
Chegada de Maria Flor
Mesmo diante da expectativa para o show, quando escutou o coraçãozinho da bebê ainda na barriga, o coração de Maria Eduarda ganhou as dimensões que só um coração de mãe tem, não sobrando qualquer espaço para frustrações.
“Fiquei super feliz escutando o coração. Eu tentei ficar calma. Apesar de tudo ali na hora, eu queria muito ela bem e saudável. Agora quero focar na saúde da minha filha, estar 100%, e, talvez, algum dia, poder levá-la para um show da Taylor, disse a mãe, que guarda com carinho a pulseira do show com as marcas do parto.
Maria Eduarda conta ainda que no hospital todos sugeriram que ela colocasse o nome da criança de Taylor, pelo fato do trabalho de parto ter ocorrido no momento do show. Mas a jovem podia até não saber que estava grávida, mas o nome Maria Flor parecia já estar guardado para esse dia especial. Nesta sexta-feira (24), mãe e filha seguem na Maternidade Carmela Dutra. Como não houve pré-natal, o protocolo é realizar todos os exames antes da alta médica.
