A Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira a exumação do corpo de Josivam Silva Fidelís, de 28 anos, cujo o corpo foi encontrado em sua residência, em Rio dos Bois, na madrugada do dia 14 de junho de 2020. A exumação foi feita com o objetivo de coletar mais evidências que auxiliem as investigações para desvendar as circunstâncias da morte do rapaz.
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O procedimento foi acompanhado por familiares da vítima e foi iniciado às 8h da manhã desta terça-feira no cemitério municipal da cidade. A exumação foi solicitada pelo delegado Pedro Henrique Félix Bernardes, que preside o inquérito policial que apura a morte de Josivam. O Delegado ressaltou que o procedimento é muito importante para esclarecer algumas dúvidas que ainda restam sobre as circunstâncias em que se deu a morte do jovem morador de Rio dos Bois, uma vez que sua família acredita que ele possa ter sido assassinado.
Durante a exumação, legistas e peritos da Polícia Científica coletaram material genético do corpo de Josivam para determinar se, por ventura, ele teria sido vítima de homicídio e teria sofrido lesões, sobretudo no pescoço, conforme indícios preliminares levantados pela Polícia Civil durante os trabalhos investigativos, ou se de fato, sua morte ocorreu de forma natural, e foi resultado de problemas de saúde que já o acometiam há alguns anos.
Para o delegado Pedro Henrique, o procedimento contribuirá para a investigação, pois poderá fornecer novos indícios que consubstanciarão investigações futuras, ou mesmo poderão mudar radicalmente o curso das investigações atuais.
Também presente a exumação, a mãe de Josivan Fidélis, a dona de casa Dilma Porto Silva, elogiou os trabalhos realizados pela Polícia Civil e pela Polícia Científica, enfatizando que espera que as causas da morte de seu filho sejam definitivamente esclarecidas. “Só tenho a agradecer aos policiais civis, coordenados pelo delegado Pedro Henrique, pois vejo o procedimento realizado hoje como muito importante e fundamental para que possamos saber o que de fato aconteceu com meu filho por ocasião de sua morte. Se foi homicídio, esperamos que a justiça seja feita”, ressaltou a mãe do rapaz.
Atestado de óbito
Ainda de acordo com a autoridade policial, o corpo do jovem foi enterrado sem observância aos procedimentos legais, e ainda não possui atestado de óbito. Isso, inclusive, gerou suspeitas de que o rapaz possa ter sido vítima de homicídio e por isso foi solicitada a exumação do corpo pela autoridade policial e, consequentemente, a confecção de laudo de local de crime indireto, bem como o atestado de óbito para atestar a causa da morte.
“Com base nos laudos que serão confeccionados, poderemos determinar com exatidão as causas da morte do homem, pois trabalhamos com a linha de investigação, em princípio, que converge para morte natural, mas não descartamos a hipótese de homicídio”, ressaltou o Delegado ao informar que, em primeira análise, os peritos não constataram lesões aparentes que possam consubstanciar a tese de morte por asfixia, ou esganadura, como tem sido ventilado. “Entretanto, disse ele, nada descartamos que Josivam possa ter sido vítima de outra ação que levou a sua morte”.
Os laudos devem ficam prontos em torno de 40 dias, sendo que o delegado espera concluir o inquérito policial em até 50 dias para que o mesmo possa ser enviado ao Ministério Público. Nesse período, as investigações serão intensificadas e mais testemunhas serão ouvidas, para esclarecer a verdade dos fatos o mais breve possível.