13 de maio de 2024 16:36

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Caso Marielle: após romper ‘pacto de silêncio’, delator será transferido

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Caso Marielle: após romper 'pacto de silêncio', delator será transferido

Após dar detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em uma delação premiada à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz será transferido para um presídio estadual não divulgado. Sua família também receberá proteção.

Élcio dirigiu o Cobalt prata usado no atentado contra Marielle em 14 de março de 2018. Ele está preso desde 2019, quando também foi preso o ex-policial reformado Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora do PSOL e o motorista Anderson Gomes.

Na delação, Élcio de Queiroz afirmou à polícia que:

  • Ronnie Lessa confessou ter tentado matar Marielle em 2017, três meses antes da derradeira execução;
  • a placa do carro usado no assassinato foi trocada, e a antiga foi picotada e jogada na linha do trem;
  • toda a comunicação sobre o crime foi feita pelo aplicativo Confide, que teria três camadas de segurança;
  • O sargento da PM executado em 2021, Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, intermediou a ordem para matar Marielle;
  • as despesas com advogado eram pagas pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que foi preso nesta segunda (24);
  • Em 2019, os envolvidos no atentado foram avisados sobre a operação que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Por que Élcio de Queiroz escolheu delação premiada?

Lessa teria dito ao comparsa que não fez pesquisas sobre Marielle. Após desdobramentos do caso, Élcio descobriu que o amigo mentiu. A investigação da PF e do MP apontou que Lessa havia feito buscas sobre a vereadora Marielle Franco e sua filha dois dias antes da execução.

Com a quebra de confiança, Élcio decidiu fazer a delação, segundo a PF.

“[Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa] estavam muito seguros em um pacto de silêncio. A partir do momento em que a Polícia Federal levou até o Élcio provas de que o Ronnie não teria contado toda a verdade sobre o caso, Élcio percebeu que ele, na verdade, ia acabar tendo problemas”, diz Saigg.

“Aquilo que ele tinha de esperança – de uma absolvição ou de uma falta de provas para uma condenação – caiu por terra… Foi a partir daí que, diante dessas provas que começaram a ser apresentadas, ele decidiu falar”, conclui Mahomed.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 9 9223-7820.

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