É impressionante a quantidade de pessoas que acessaram o texto rapidamente, assim que leram o título deste artigo, em busca de alguma discussão ou “textão” depreciativo e ele fala justamente a respeito da necessidade que nós temos por saber sobre intrigas, fofocas e barracos das pessoas, principalmente se estivermos seguros atrás de nossas pequenas telas de nossos aparelhos. Os alunos de ensino médio já foram tidos como aqueles que passavam mais horas a fio acessando as redes sociais, sendo os adultos um número bem mais reduzido neste gráfico, hoje essa realidade mudou absurdamente, porque nós não só ultrapassamos os adolescentes, como também estamos escalando para números nunca vistos de horas debruçados sobre nossas telas.
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Dentre as páginas mais seguidas nas redes sociais do público adulto estão: notícias, fofocas, celebridades, opiniões e aquelas páginas de reacts genéricas, onde o “reagente” fica apenas no canto da tela fazendo caras e bocas para o vídeo engraçado. Por que nos importamos tanto com a vida dos outros é uma pergunta já manjada, mas por que nos importamos tanto com as crises dos outros (divórcios, brigas, traições, acidentes, mortes etc), isso sim daria um estudo extenso da personalidade humana e a necessidade por ver desgraças (de preferência as dos outros). Se você abriu o artigo em busca de algo nesse sentido, parabéns, você faz parte da estatística!
Então vamos lá, se os jovens não estão tão frequentes nas redes sociais quanto os adultos, atualmente, o que eles estão fazendo? Estão online também! Entretanto, os jovens estão migrando em grande escala desde a pandemia para lives, streamings de jogos, opiniões, reacts também e análise de filmes e séries. Essa migração faz com que a mentalidade do jovem médio hoje tenha uma certa compreensão de mundo que pode, em muitos casos, ser mais apurada do que seus pais e avós, dessa forma chegamos ao grande problema, que é consequência dessa realidade: relacionamentos cada vez mais rasos e distantes. Os tipos de conteúdos que consumimos são responsáveis pelo tipo de conteúdo que gostamos de conversar e refletir, assim como o tipo de pessoa com quem queremos nos relacionar, intende o desafio?
Enquanto a maioria dos jovens tem a mente e as ideias parecidas, os seus pais e demais adultos de sua zona de influência estão falando basicamente sobre conteúdos supérfluos e banais. O que podemos fazer para tentar equilibrar essa balança? Considerar pontos em comum, de preferência fora da internet. Os professores que mais se aproximam de seus alunos são aqueles que conseguem entender ao menos um pouco de animes, jogos online, futebol e séries. Parece absurdo: “Por que eu quem teria a obrigação de aprender sobre o mundo de um adolescente e não o contrário?” Se buscamos deixar algum legado para nossos filhos e alunos precisamos compreender como a mente deles funciona, o que é importante para eles, o que lhes chama a atenção, assim como fiz com o título desse artigo, se desafie a provocar a curiosidade de seu filho e aluno.
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