Se você gosta de seguir nas redes sociais aqueles pensadores de frases emblemáticas, possivelmente já apareceu em seu feed um ou mais vídeo do professor Mário Sérgio Cortella, conhecido por ter diversas destas frases, sendo a que me chama mais atenção refere-se à educação: alguém que quer formar um outro, corrige sem ofender, orienta sem humilhar. Uma máxima poderosa e de profunda sabedoria. Porque uma pessoa estará sempre aberta a algo novo, caso isto lhe seja entregue de bom grado e de forma respeitosa.
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Façamos um exercício mental: Imagine que uma pessoa está passando pela rua e encontra um mendigo em situação de extrema miséria. Ela retira de sua bolsa uma nota de cinquenta reais, amassa a cédula em sua mão e joga com força na cara daquele mendigo. Qual sentimento será mais evidente naquele que recebeu a doação, alegria por poder ter o que comer ou ódio, por ter sido maltratado? Muitas vezes, agimos da mesma forma, quando aproveitamos oportunidades de falha (ou ignorância) do outro para ofender e humilhar, enquanto ensinamos o que é certo. O professor é provado nisso o tempo inteiro e diversas vezes, principalmente no final do ano, quando o risco de reprovação é iminente, vem aquele desejo de dizer: “Quando era o tempo certo de se preocupar, você estava brincando, agora está preocupado!”.
Aquele famoso: “Eu te disse!” que todos nós enchemos a boca para falar, quando dá ruim. Não apenas os professores, mas qualquer pessoa que tem a oportunidade de reafirmar sua superioridade sobre um assunto específico passa por um momento de provação moral: devo agir de maneira respeitosa e empática ou é a hora de dar o troco? Pois eu lhe digo agora: Sempre opte pelo caminho do respeito, o outro à primeira vista parece melhor, mais satisfatório, entretanto é apenas o seu ego falando, e quando começamos a alimentar o nosso próprio ego, percebemos que a sua fome não acaba, logo seremos aquela pessoa de quem todos desejam distância, pessoas que têm a razão, mas só tem isso mesmo, porque todo o restante se foi.
No último domingo, muitos jovens deixaram as salas de aplicação do Enem abatidos e preocupados, incertos de seus futuros, cabe aos pais e aos professores não deixarem a desmotivação determinar o futuro destes que estão buscando avançar em sua caminhada para a vida. Alguns entenderam que não basta ir sem qualquer preparo e contar com a sorte, outros compreenderam que mesmo estudando por dias e horas sem parar, podem se prejudicar por uma crise de ansiedade momentânea, no momento da prova (porque não tem como fazer cursinho para responder às crises). O que nos resta, então?
Nos resta lembrar, que se quisermos formar e ajudar aos nossos familiares e amigos, devemos corrigir sem ofender, orientar sem humilhar.