Como apontam estudos de agosto de 2022, em casos registrados no Brasil, transtornos emocionais podem ter vínculos com experiências traumáticas de infância, estas em sua maioria, têm a ver com o pai, seja por sua negligência com o seu papel para com seu filho ou a sua ausência. Abandono emocional ou literal, gera no ser humano o sentimento que encabeça quase todos os traumas sociais; a rejeição. Um filho que se sente rejeitado pelo próprio pai tende a odiá-lo ou a si mesmo.
- Publicidades -
Quando uma figura de apoio, seja ela paterna, materna ou outra, decide assumir um papel de influência, cuidado e proteção é como um foco de esperança que se acende para filhos órfãos que andam no escuro. Pessoas abaladas psicologicamente são reféns de seus sentimentos e emoções, por outro lado, aquelas que tem a segurança de uma plataforma paterna em sua vida, tendem a enfrentar seus problemas e vencê-los em sua maioria, ainda assim, aqueles problemas que não são superados, não se tornam traumas, mas apenas outra página de vida.
Veja este relato de um orientador: Certa vez um professor veio à minha sala com um aluno que não tinha realizado uma de suas atividades. Aquele aluno era acompanhado por mim, já há alguns meses, eu já havia ensinado alguns princípios a ele, como: responsabilidade, sinceridade, respeito e controle emocional, expliquei por várias vezes a ele que, caso fizesse algo ou deixasse de fazê-lo, deveria arcar com as consequências, contando a verdade, pois assim ele teria mais chances de perdão e compreensão. Voltando à situação: o professor o trouxe à minha sala, colocou o aluno para sentar-se em frente a mim, e exclamou a ele: “Agora, quero que você fale com o Orientador, por que eu trouxe você aqui! ”. O aluno olhando para mim e seu professor disse: “Porque eu não fiz as atividades que deveria ter feito, com isso prejudiquei a mim e minhas notas”. O professor simplesmente irado, pois ele estava a ponto de explodir, na certa já havia preparado uma série de argumentos de como o aluno foi irresponsável, que ele deu várias oportunidades e não tinha culpa, pelo descaso do aluno, mas tudo foi inútil, pois o aluno assumiu toda a culpa, fazendo a discussão perder o sentido.
Olhei para o professor e o vi frustrado, então tomei a atitude mais sensata: pedi ao professor que me deixasse a sós com o aluno, pois procederia com a punição, fiz o aluno pedir perdão ao professor, que voltou à sala. Após o professor se retirar, conversei com o aluno, expliquei que sua atitude foi de acordo com o que eu ensinei, mas que ainda faltava o devido respeito. É importante considerar a complexidade das emoções humanas, e reconhecer que a situação descrita pode afetar pessoas de maneiras diversas.. Pessoas que não têm inteligência emocional, entram quase em estado catatônico com isso. Por fim, disse a ele que, Reconhecer os erros é fundamental, e é igualmente importante cultivar a empatia e compreensão ao lidar com as falhas alheias..
Compreendemos que não há uma fórmula mágica, há muito cuidado e especificidades em cada etapa, cabe ao pai descobrir como funciona as emoções e potencialidades de seu filho, então ajudá-lo a utilizá-las ao favor dele: seja a voz que o guia no escuro, para a luz.
Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820