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ARTIGO | EI SIÁ, TU É DE ONDE MESMO?
Todo início de ano letivo é comum os professores realizarem uma dinâmica onde os alunos possam se conhecer melhor, claro que muitos já se conhecem por estudarem juntos há algum tempo, mas há sempre uma parcela de alunos que vindo de outra escola ou cidade, é questionado: “De onde você é?”, a resposta costuma não mudar muito, a maioria dos palmenses hoje são compostas por famílias que vêm do Maranhão ou Pará, não apenas estes estados obviamente, mas, ainda assim a maioria são de lá.
Essa mistura de diversas localidades ajudam a construir o que os brasileiros chamam de “sotaque sem sotaque” dos Tocantinenses. Claro que é exagero dizer que tocantinense não tem sotaque, uma vez que somos compostos por diversos povos brasileiros, inclusive os nascidos aqui, os sotaques ficam apenas menos acentuados, mas ainda estão lá sim. Os mais atentos perceberão que utilizamos expressões como “banhá” (tomar banho, banhar), “Siá” ou “Muié” para se referir a uma colega. São termos muito comuns nas escolas, falados não apenas pelos alunos, mas, por professores e demais pessoas da comunidade escolar, o que revela a diversidade cultural que possuímos em Palmas.
Essa questão de cultura e fala gera muito assunto quando Palmas sedia eventos estaduais, seja de campeonatos desportivos ou olimpíadas de conhecimentos escolares. Momento em que diversas crianças de diferentes lugares do Brasil se encontram na capital do Tocantins e reparam com admiração no jeito de falar da nossa gente. Como sabemos, os dialetos e sotaques são facilmente absorvidos, por quem convive por muito tempo com pessoas de certa localidade e é justamente isto que acontece com muitos que se mudam para Palmas, seja sulistas, nordestinos, ou vindo do sudeste e centro-oeste, todos em algum momento acabam incorporando ao seu vocabulário os termos e expressões tocantinenses.
A diversidade cultural e linguística é uma parte importante da identidade de uma região e contribui para a riqueza da cultura brasileira como um todo. É interessante também notar como a linguagem é uma parte fundamental dessa diversidade e como as pessoas podem influenciar e ser influenciadas pelo ambiente em que vivem. Em resumo, a diversidade cultural e linguística é o que torna Palmas e muitas outras cidades brasileiras verdadeiramente únicas. Uma mistura de sotaques e expressões é uma demonstração da riqueza da cultura nacional. À medida que pessoas de diferentes origens se reúnem em Palmas, essa diversidade se enriquece ainda mais. Os eventos culturais e interações diárias são oportunidades para compartilhar experiências e enriquecer a compreensão de nossa nação.
O resultado é uma cidade e uma população que celebra a multiplicidade de vozes, sotaques e tradições que compõem o Brasil. Isso reforça a ideia de que nossa identidade é construída pela riqueza de nossas diferenças e pela capacidade de aprender e crescer uns com os outros. A diversidade linguística e cultural é, afinal, uma das maiores riquezas de nossa nação, e Palmas é um exemplo perfeito dessa riqueza em ação.
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