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Dividida entre o amor pelo esporte, temores com a saúde pública e a busca de um recorde de Grand Slam de Novak Djokovic, a Austrália está sofrendo uma crise de hesitação enquanto estuda se tenistas que não se vacinaram contra a covid-19 deveriam ter permissão de competir no Aberto da Austrália.
Para as autoridades encarregadas de tomar tais decisões, a bola parece estar na quadra dos outros.
Depois de meses de especulação, a posição finalmente parecia clara na semana passada, quando o ministro da Imigração australiano, Alex Hawke, disse que os tenistas terão que estar duplamente vacinados para entrar no país.
Mas quatro dias depois as águas voltaram a ficar turvas quando um e-mail vazado da Associação de Tênis Feminino (WTA) informou que tenistas que não se vacinaram seriam bem-vindas se estivessem dispostas a passar 14 dias em quarentena.
O escritório de Hawkes não quis comentar a carta da WTA, mas outras autoridades minam o comunicado do ministro desde então, dizendo que a questão está longe de estar definida.
“Não cabe a mim [decidir] se eles serão aceitos no país, mas se forem, administraremos este risco”, disse Daniel Andrews, que comanda o governo do Estado de Victoria e é veementemente contra a entrada dos que não se vacinaram, na terça-feira (26).
Djokovic, tenista número um do mundo, recusa-se a revelar sua situação vacinal e disse na semana passada que pode não jogar em Melbourne Park, “as coisas estando como estão”.