28 de abril de 2024 18:04

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ARTIGO | EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O TAL DO CAVIAR

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ARTIGO | EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O TAL DO CAVIAR

Muitos professores, assim como pais e mães de alunos, se preocupam com o cenário atual, com o grande número de crianças neurodiversas que têm chegado às portas das escolas, principalmente nas regiões mais periféricas da capital, essa nova fase que se inicia gera certa insegurança em muitos profissionais, mas ao mesmo tempo levanta uma grande dúvida: qual o motivo de tantas crianças com condições atípicas, atualmente?

Não podemos negar que, de fato, houve sim aumento no número de crianças autistas, com TDAH, TOD dentre outras condições de desenvolvimento cognitivo, mas segundo o que apontam as pesquisas, o número não é tão grande quanto aparenta. O que mudou, na verdade, foi a mentalidade das famílias, que a cada dia buscam maior acompanhamento psicológico, o que por sua vez, através de avaliações detecta-se desde a primeira infância essas condições.

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Muitos adultos hoje descobrem apenas nessa fase da vida que possuem condições atípicas (Autistas, TDAH, Tourette etc) , o que acaba justificando diversos problemas e dificuldades que eles possuíam, mas não sabiam dizer exatamente do que se tratava, tão pouco os pais, de origens mais humildes.

Em cidades de interior, era quase que folclórica as figura do chamado “louco da cidade”, uma pessoa (homem ou mulher) com alguma condição clínica, que perambulava pelas ruas, normalmente todos na cidade o conhecia por um apelido e era visto como uma atração a mais para quem visitava a cidade, quase toda cidade tinha alguém assim.

Hoje, em nossas salas de aula, somos incentivados a humanizar e trazer para a pauta, aqueles que já foram marginalizados em tempos remotos, pois as diversas condições que todas as pessoas possam apresentar, são condições humanas e devem ser tratadas como aspectos de nossa experiência enquanto indivíduos.

A educação inclusiva, já foi como aquela canção do caviar (nunca vi, só ouço falar), mas graças à visibilidade e aos acompanhamentos psicológicos, a educação tem se alinhado cada vez mais a esta causa, ainda há muito para percorrer, mas estamos no caminho certo.

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