27 de abril de 2024 16:46

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ARTIGO | BULLYING: A FRESCURA QUE MAIS DEMANDA ANTIDEPRESSIVOS (PARA ADULTOS E CRIANÇAS)

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ARTIGO | BULLYING: A FRESCURA QUE MAIS DEMANDA ANTIDEPRESSIVOS (PARA ADULTOS E CRIANÇAS)

Frequentemente ouvimos pessoas (especialmente da minha geração) dizerem coisas como: “Esse negócio de bullying é besteira, na minha época…” e por aí vão surgindo várias histórias, sobre como a questão do bullying hoje é levada muito a sério, sendo que se trata apenas de bobagens de crianças. Entretanto, temo que o buraco seja mais embaixo.

A maioria dos alunos que sofrem ou já sofreram bullying em algum momento de sua trajetória escolar, desenvolveram ou poderão desenvolver diversos traumas e inseguranças para lidar, por muito tempo. Mas, se tratando do agressor, conseguimos perceber através de estudos, que os traumas já estão latentes há muito mais tempo. Uma pessoa plenamente saudável psicologicamente, jamais vai provocar ou intimidar gratuitamente alguém.

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O próprio termo bullying, que significa basicamente intimidar ou agredir moralmente alguém, tem o seu referente em português o bulir, que significa mexer em algo que está quieto ou provocar alguém sem motivo. Ou seja, o problema não está no objeto ou na pessoa que é “mexida” mas, naquele que procura provocar. Normalmente quando vemos um bully ou em português “valentão” intimidando, tendemos a achá-lo ameaçador, por sua postura, entretanto por detrás daquela marra toda, tem um ser fraco e medíocre, cheio de traumas, que não acredita em si mesmo e precisa se reafirmar às custas de outro.

Dessa forma, compreendemos que muitos desses problemas “não existiam” nas décadas passadas, não porque de fato as pessoas eram “menos frescas”, mas porque eram mais frágeis emocionalmente a ponto de não falarem sobre seus sentimentos e emoções, portanto, guardavam para si toda aquela carga e hoje, precisam de ansiolíticos e antidepressivos, para conseguir continuar no mesmo emprego ou conviver em sociedade.

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E nossas crianças, como lidarão com essas questões? Será que os nossos remédios realmente são a melhor opção para eles ou vamos, enfim, nos sentar à mesa e conversar sobre as frescuras, para começar a prevenir que tenhamos que pedir receita para pai e filho ao psiquiatra. Trago um dado que, juntamente com conflitos familiares, o bullying é um dos problemas que mais levam crianças e adolescentes ao psiquiatra e aos medicamentos psicotrópicos.

O bullying é apenas um sintoma de uma doença bem mais silenciosa e sagaz: a falta de relacionamento saudável, não podemos deixar essa ausência emocional transformar nossos filhos em abusadores e vítimas de abuso, se cada um se propor a cuidar apenas de seus filhos, já estaremos avançando mais do que anos de terapia comportamental dos programas de assistência social e reabilitação infantil. Fique sempre atento aos sinais: Todo excesso esconde uma falta, seja uma mãe e um pai presente.

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Ah! Mais uma coisinha: isso serve para a escola com as crianças, mas também serve para seu trabalho e colegas, viu? Cuide-se com aquela colega passiva-agressiva!

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