A Justiça acolheu a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o influenciador fitness Renato Cariani e outros quatro acusados por suspeita de tráfico de drogas. A Polícia Federal acusa Renato Cariani de utilizar sua empresa, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., para falsificar notas fiscais de vendas de produtos químicos destinados a multinacionais farmacêuticas.
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As investigações apontam que os insumos eram desviados para a produção de cocaína e crack, abastecendo uma rede criminosa de tráfico internacional liderada por facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Influencer fitness e empresária no centro da investigação
Com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, Renato Cariani e sua sócia, Roseli Dorth, são apontados pela PF como conhecedores e participantes diretos do esquema criminoso. Interceptações telefônicas autorizadas judicialmente revelaram evidências do envolvimento deles.
Acusações do Ministério Público
O Ministério Público destaca que os réus, em pelo menos sessenta ocasiões, produziram, venderam e forneceram ilegalmente mais de doze toneladas de produtos químicos para a preparação de drogas. Além disso, teriam dissimulado os valores provenientes do tráfico, convertendo aproximadamente R$ 2.4 milhões em ativo lícito.
Decisão do Tribunal de Justiça e medidas cautelares
O Tribunal de Justiça concedeu prazo de dez dias para a apresentação das defesas. Como medida cautelar, os réus devem entregar seus passaportes em 24 horas e estão proibidos de deixar o país.
Defesas e contestação
A defesa de Renato Cariani alega inconsistência e falta de lógica nas acusações, destacando que o influencer e Roseli, ambos estabelecidos no setor químico, não teriam motivos para se envolverem no tráfico de drogas. Por outro lado, a defesa de Roseli destaca a recusa do Ministério Público e da Polícia Federal em ouvir a empresária, argumentando que a narrativa acusatória é gravemente equivocada.