Brasil – O Brasil adota uma nova estratégia na vacinação contra o HPV, anunciando a transição para uma dose única. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou a mudança na noite de segunda-feira (1º), destacando a eficácia da medida na prevenção do câncer de colo de útero, principal consequência da infecção.
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Recomendações científicas
A ministra Nísia Trindade enfatizou a segurança da decisão, respaldada por estudos científicos e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A nova abordagem promete simplificar o processo de imunização, assegurando uma proteção duradoura contra os perigos associados ao vírus HPV.
Busca ativa por não vacinados
Além da mudança na dosagem, a ministra instou estados e municípios a realizarem uma busca ativa por jovens até 19 anos que ainda não receberam a vacina. O aumento significativo na aplicação de doses em 2023, chegando a 5,6 milhões, demonstra um avanço na proteção da população.
Quem deve se vacinar
A vacinação é recomendada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, bem como pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Em março, o Ministério da Saúde adicionou ao Sistema Único de Saúde (SUS) um teste inovador para detecção do HPV em mulheres. A tecnologia, considerada mais precisa que os métodos anteriores, permite o rastreamento do câncer do colo do útero a cada cinco anos, simplificando o processo para as pacientes.
O HPV e seus riscos
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum globalmente, sendo o principal fator de risco para o câncer de colo de útero. No Brasil, estima-se que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença anualmente. Apesar de prevenível, o câncer cervical continua entre os tipos mais comuns, afetando especialmente mulheres negras, de baixa renda e com pouca educação formal.