Jogos de azar e apostas esportivas estão cada vez mais populares e, aqui em Palmas, não é diferente. É comum encontrar apostadores que usam não só sites, mas também outros aplicativos, como o famoso ‘jogo do tigrinho’, que funciona como um cassino online simulando uma roleta.
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É possível ganhar dinheiro?
Com a repercussão do jogo, o Jornal Sou de Palmas procurou usuários para contar suas experiências. Um deles, com apenas 18 anos, João Victor Tavares, conta que começou a jogar depois de ver outros jogadores nas redes sociais.
“O máximo que já faturei foi R$ 10 mil, mas também já perdi, perdi em duas semanas”, comentou ele.
Apesar de destacar as vantagens do jogo, João Victor diz que não o recomenda para menores de 18 anos e deixa um alerta para quem começar a jogar: que o faça com consciência de que é apenas um dinheiro extra.
Influenciado pelo amigo, João Victor Ribeiro, de 19 anos, também conheceu o jogo através das redes sociais e, em apenas dois meses, apostando cerca de R$ 10, já conseguiu ganhar R$ 500.
“Medo a gente tem, né, mas é um jogo. Temos que meter a cara e tentar. De toda forma, o jogo é viciante. Você ganha dinheiro muito fácil, mas do mesmo jeito que ganha, pode perder. Portanto, não jogue com dinheiro que você tem compromisso”, alertou o jovem.
Prejuízos
Como nem tudo são flores, os jogos de azar também têm um lado que pode trazer muitos prejuízos: o vício. Um dos jogadores, que preferiu manter seu relato anônimo, conta as consequências de ser viciado.
“A renda a mais que eu tinha ia toda para o jogo. Já me ocorreu ganhar R$ 1.000 em um dia e não sacar. Eu simplesmente continuava jogando. O vício te afeta de uma maneira que, mesmo que ganhe dinheiro, você pensa que pode ganhar mais, então o dinheiro acaba voltando para o jogo. Sei que sou uma pessoa viciada. Quem joga pode achar que controla, mas não”, relatou.
O que a legislação brasileira diz
O Jornal Sou de Palmas também conversou com o advogado Matheus Lemos, que explicou o que a lei diz sobre situações envolvendo jogos de azar.
“O ‘jogo do tigre’ é um jogo de azar que existe hoje em várias plataformas e é configurado como contravenção penal. Os influenciadores que acabam divulgando a participação podem responder juridicamente e, se for comprovado que os bens deles não têm uma origem legal, pode haver busca e apreensão pela Justiça”, disse ele.
Sobre a diferença entre jogos de azar e apostas esportivas, uma prática também muito popular no Brasil, Matheus explica que elas não se encaixam em contravenções penais. Elas são regulamentadas por uma medida provisória deste ano, que estabelece regras de funcionamento para plataformas de apostas esportivas.
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