As eleições deste ano no Brasil podem marcar um ponto crítico na história, não necessariamente positivo. O aumento da presença da inteligência artificial em nosso cotidiano tem impulsionado a disseminação de deep fakes, que são vídeos falsos e que têm se tornado uma preocupação significativa, especialmente nas redes sociais.
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Deep Fake
Um relatório da empresa de verificação Onfido revelou um aumento surpreendente nos golpes envolvendo deep fakes em 2023. O uso crescente de inteligência artificial foi apontado como o principal impulsionador, resultando em um aumento de 3.000% nos casos de manipulação facial em comparação a 2022.
Golpes
Os golpes variam desde manipulações pouco sofisticadas até técnicas avançadas. A maioria envolve roubo de identidade, com criminosos usando softwares de IA para criar modelos digitais idênticos aos rostos das vítimas. Essas fraudes têm como alvo políticos, celebridades e até mesmo pessoas comuns.
Deep fakes nas eleições deste ano
Antes mesmo do início das Eleições 2024, casos de fake news eleitorais surgiram, especialmente na região do Amazonas, Rio Grande do Sul e Sergipe. A Polícia Federal investiga denúncias de deep fakes que visam difamar políticos, com áudios falsos circulando nas redes sociais e no WhatsApp.
Regulamentação da inteligência artificial
Frente a essas ameaças, diversas instituições brasileiras discutem medidas para regulamentar o uso da inteligência artificial. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) propôs regras para o uso de IA durante as Eleições 2024, buscando sinalizar alterações nos conteúdos produzidos por essa tecnologia.
Divulgação de Deep fakes se tornou crime eleitoral
O TSE está empenhado em combater o uso criminoso da tecnologia nas eleições. A partir deste ano, a divulgação de deep fakes é considerada crime eleitoral, com a obrigação de informar explicitamente o uso de conteúdo fabricado ou manipulado em qualquer forma de propaganda eleitoral. O descumprimento dessas regras pode resultar em detenção ou multa.
Eleições ameaçadas caso não haja prevenção
As eleições de outubro estão ameaçadas pela proliferação de deep fakes, exigindo medidas rigorosas para garantir a integridade do processo eleitoral. A regulamentação proposta pelo TSE deve ser um bom remédio, pois visa conter a disseminação de informações falsas e proteger a legitimidade do pleito.