O Dia do Fotógrafo no Brasil é uma data em alusão à chegada da primeira câmera fotográfica ao país, em 1840, trazida pelo pintor e daguerreotipista francês Louis Compte. Desde então, a arte de fotografar evoluiu tornou-se essencial para documentar a história, expressar a criatividade e compartilhar visões do mundo.

E foi exatamente isso que a família do fotógrafo que trabalha em Palmas, Francisco Miguel Garcia Sisto, também conhecido como Chico Sisto, fez por três gerações. Ao Jornal Sou de Palmas, ele compartilhou um pouco de sua história e destacou o amor pela fotografia.

Tudo começou há 123 anos

”Meu avô, Miguel Sisto, saiu da Espanha por volta de 1900 com uma máquina fotográfica na bagagem e se foi para Cuba, então colônia da Espanha”, contou Chico.

Nesse momento que Miguel construiu boa parte de seu repertório tirando muitas fotografias que hoje fazem parte do arquivo histórico da cidade de Ciego de Ávila.

Um dos registros de Miguel Cisto em Cuba – Foto: Divulgação

Ainda em Cuba, após se casar por uma procuração com a avó de Chico, Amália, nasceu Francisco Hipólito, um dos filhos de Miguel, que posteriormente seria o pai de Chico. Ele era funcionário público e tinha a fotografia como segunda fonte de renda e paixão que o levou até Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, local em que abriu um estúdio de fotos com seu irmão.

Chegada ao Brasil 

No Brasil, ele conheceu a mãe de Chico, que logo nasceu no RS e cresceu cultivando as raízes da família e em meio ao trabalho de fotógrafo do pai no estúdio ‘El Arte’.

Modelo de máquina fotográfica usada pelo pai de Chico Sisto – Foto: Divulgação

Ao crescer, Chico se mudou para Porto Alegre e passou 14 anos trabalhando Sport Club Internacional, mas nunca deixou de fotografar: ”É de família, faço parte da terceira geração que mantém a arte de fotografar viva”, comentou.

Em 2009, Chico realizou uma visita em Cuba para buscar a certidão de nascimento do pai para conquistar a cidadania espanhola e após conseguir os documentos, teve acesso ao acervo do avô e tirou uma foto em frente a um dos prédios fotografados por ele.

Prédio fotografado pelo avô de Chico e anos depois ele no mesmo local – Foto: Arquivo pessoal

Em Palmas

Em meados de 2019, Chico se mudou para a Capital do Tocantins e continua fazendo parte dos profissionais que têm o dom de capturar e eternizar instantes por meio das lentes. Hoje ele trabalha como fotógrafo na Câmara Municipal de Palmas.

Chico Sisto na Câmara Municipal de Palmas – Foto: Divulgação