Parece até aquelas histórias de investigação mirabolante, que no final o culpado é a pessoa que menos imaginamos, mas é real isso: muitas pessoas hoje praticam bullying (ou assédio moral) e têm a absoluta certeza de que não o fazem. Seja porque a própria definição de bullying acaba sendo muito subjetiva: prática de humilhação, degradação, constrangimento ou mesmo agressão verbal ou física a outro indivíduo. Para muitas pessoas esses termos acabam definindo coisas distintas para diferentes tipos de pessoas, o que para alguém é considerado humilhação, para outros não chega nem perto disso.
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Aí está o motivo principal para muitos praticarem bullying e nem notarem, por sua “régua moral” indicar que aquela provocação é apenas uma brincadeira inofensiva, quando na verdade, está maltratando e constrangendo muito a vítima. Surgem então aqueles que defendem ser um exagero chamar de bullying, que não se pode mais brincar, que estamos vivendo em um período de muito “mi mi mi”, mas a conta dos antidepressivos e terapias não param de chegar.
Crianças costumam ter mais dificuldades para diferenciar provocações degradantes de brincadeiras em que todos participam e se divertem, mas para os adultos deveria ser mais fácil identificar quando a moça com quem você está “só brincando” está demonstrando sinais claros de desconforto e constrangimento. É importante ressaltar que a percepção das vítimas é fundamental. O que para alguns pode parecer uma brincadeira inofensiva, para outros pode ser extremamente prejudicial e traumático. Reconhecer e respeitar os limites e sentimentos dos outros é essencial para evitar causar danos.
O que sabemos é: o bullying se torna um mal que fomenta o ciclo vicioso de traumas, pois geralmente quem pratica bullying, o faz para tentar se sobressair às custas de alguém, porque se sente menosprezado e precisa se auto afirmar. E porque essa pessoa se sente menosprezada? Isso mesmo! Porque também já foi vítima de bullying.
Refletir sobre nossas próprias ações e estar atento ao impacto que elas podem ter sobre os outros é um passo importante para contribuir para um ambiente mais inclusivo e respeitoso. Educar-se sobre o tema, promover a empatia e o respeito mútuo e buscar maneiras de apoiar aqueles que estão enfrentando situações de bullying são ações fundamentais para combater esse problema e promover uma cultura de respeito e bem-estar. A pergunta que você deve se fazer hoje é: você tem plena certeza de que não é o vilão da história de alguém? Cuide-se e fique bem!
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