29 de abril de 2024 16:56

Editorial

ARTIGO | OS SEUS HERÓIS NÃO VÃO TE SALVAR

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ARTIGO | OS SEUS HERÓIS NÃO VÃO TE SALVAR
Herói no Congresso Nacional. Foto: Divulgação

Artigo – Somos um povo forte e batalhador, ninguém duvida que o tocantinense (e o brasileiro de modo geral) é determinado e sonha com dias e oportunidades melhores, para ganhar mais e trabalhar menos. Outra característica que nos une, enquanto nação, é a necessidade constante de alçarmos heróis em nosso meio, para representar nossos ideais e convicções, agir e fazer justiça em nossa causa, salvar o dia, por assim dizer. Ao longo da história do Brasil elegemos, erguemos e, em muitos casos, inventamos figuras heróicas para chamarmos de nossas. Desde pessoas históricas que fizeram parte da fundação do país, como Tiradentes, Santos Dumont, Dom Pedro I e II, que por sinal, contribuíram com grande êxito para a formação e visibilidade da nação brasileira, entretanto, estão longe de ser as figuras míticas e heróicas que se fizeram ao seu respeito ao longo do tempo.

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Pessoas comuns com problemas comuns, são aqueles que muitas vezes são utilizados como ícones da virtude e do altruísmo, quando na verdade o ser humano por essência busca sempre em primeiro lugar o bem para si e depois, se der tempo e não for muito trabalhoso, o bem comum. Claro que, essa premissa não tira de maneira alguma o mérito de nossos heróis nacionais, todavia, ao descobrirmos suas reais intenções, ao analisarmos a história tal qual ela é de fato, compreendemos que, aquele herói está longe de ser um semi-deus ou alienígena super-poderoso, tão humano quanto seu tio.

 

Atualmente ainda erguemos totens de heróis, como na política brasileira, por exemplo, já foi Lula, Joaquim Barbosa, Sérgio Moro, Bolsonaro, atualmente Alexandre de Moraes e essa saga parece não ter fim de heróis em ascensão e queda. Até quando brincaremos de fantasiar e começaremos a sermos nós mesmos a solução para os problemas sociais, políticos e econômicos de nossa nação? Elegendo pessoas comprometidas com bons projetos de governos, não apenas com falatórios e retóricas sedutoras de “Me deixa cuidar de você”. É um erro gravíssimo depositar todas as nossas esperanças em pessoas, tão falhas quanto nós mesmos.

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Precisamos urgentemente acordar, enquanto povo e adultos que somos, a fim de que a sociedade futura seja menos infantil e iludida, nos tornando mais sóbrios e eficazes. É fundamental que como cidadãos estejamos conscientes de nossos próprios papéis na construção de uma sociedade melhor. Isso envolve participar ativamente na política, não apenas durante as eleições, mas também no acompanhamento das ações dos representantes eleitos, cobrando transparência, responsabilidade e eficácia.

 

Além disso, é crucial valorizar e apoiar projetos e políticas públicas consistentes e baseadas em evidências, em vez de nos deixarmos levar por discursos populistas ou promessas vazias. É por meio de uma participação cívica informada e responsável que podemos contribuir para uma sociedade mais justa, próspera e madura. Se queremos uma mudança real, precisamos estar dispostos a agir e a fazer a nossa parte, em vez de esperar por um salvador ou por soluções milagrosas.

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