Artigo – Nos últimos dias têm sido divulgadas muitas notícias sobre bullying envolvendo crianças e adolescentes em escolas, o caso mais triste foi o de Carlos Teixeira, de 13 anos, que após ter sido agredido por colegas no colégio acabou vindo a óbito. É bem possível que não fosse a intenção dos agressores chegarem ao ponto de se tornarem uma das causas da morte de Carlos, mas as agressões foram tamanha que o desfecho foi inevitável, então surge a dúvida: por que crianças e jovens, com poucas preocupações de vida e nenhum histórico criminal se tornam algozes carrasco de um igual? Que sentimento doentio é este que motiva uma pessoa tão jovem a atacar ferozmente um colega, simplesmente por desejo de se auto afirmar?
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Nelson Mandela disse certa vez:”Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender […]” e as crianças certamente aprendem, da mesma forma que aprendem o “b-a ba”. Nós adultos temos a tendência de pensar que nossas atitudes não são percebida por nossos filhos, mas isto se trata de um crasso engano, eles não apenas nos veem como também nos copiam, isso ocorre instintivamente, quase como por osmose, se não faz sentido algum alguém odiar outra pessoa por sua aparência ou preferências, por que as pessoas continuam agindo assim? Os racistas, nazistas e genocidas do passado já morreram, então como podemos explicar ainda haverem pessoas hoje com o mesmo tipo de pensamento?
A resposta é simples, como dada a nós por uma das pessoas que também experimentou o sofrimento: “Para odiar, as pessoas precisam aprender”, ou seja, alguém está ensinando e propagando o ódio. Precisamos quebrar este ciclo, antes que mais inocentes continuem sendo vítima dessa aprendizagem cruel e desumana, João, o apóstolo dos cristão traz um grande ensinamento em sua primeira carta: “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Sendo nós uma nação cristã, deveríamos ter mais pessoas amando do que maltratando nossos semelhantes, afinal, ninguém nasce cristão ou com tendências para fazer o mal.
Se queremos criar uma sociedade mais compassiva e tolerante, devemos começar por ensinar e modelar esses comportamentos desde cedo. Promover a empatia, o respeito e a aceitação da diversidade são passos essenciais para romper com o ciclo de ódio e violência. A citação de Nelson Mandela ressalta que o ódio é aprendido, o que implica que, da mesma forma, o amor e a compaixão também podem ser aprendidos. A educação, tanto em casa quanto na escola, desempenha um papel fundamental na formação desses valores.
O trecho da primeira carta de João destaca a conexão entre amar a Deus e amar o próximo. Independentemente da fé religiosa, esse ensinamento enfatiza a importância fundamental do amor e da compaixão na conduta humana. É necessário um esforço coletivo para cultivar uma cultura de respeito mútuo e empatia, onde todas as pessoas, independentemente de sua aparência, origem ou crenças, sejam tratadas com dignidade e gentileza. Este é um desafio contínuo, mas é crucial para criar um mundo mais justo e pacífico para as gerações futuras.