9 de maio de 2024 20:32

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Quase 50 vagas são ofertadas para 34 municípios tocantinenses no Programa Mais Médicos; locais enfrentam falta de profissionais da medicina

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Quase 50 vagas são ofertadas para 34 municípios tocantinenses no Programa Mais Médicos; locais enfrentam falta de profissionais da medicina

O governo federal brasileiro publicou um edital com a abertura de 6.252 vagas para o programa Mais Médicos em todo o país. As vagas são para médicos atuarem em municípios de todas as regiões do país, incluindo mil postos inéditos para a Amazônia Legal. O estado do Tocantins terá 47 vagas, distribuídas em 34 municípios.

O edital prevê a adesão ou renovação de municípios e do Distrito Federal no programa e reserva 47% das vagas para regiões de alta vulnerabilidade social. Segundo o edital, os 34 municípios tocantinenses atendidos devem contar com pelo menos um médico destacado. Três cidades – Campos Lindos, Palmeirante e Paranã – contarão com três profissionais e outros sete municípios – Araguaína, Colinas do Tocantins, Couto Magalhães, Dianópolis, Formoso do Araguaia e Maurilândia – terão duas vagas.

Na Região Sudeste do Brasil, há 1.848 vagas para 497 municípios, enquanto a Região Norte conta com 1.539 vagas para 294 cidades. A Região Nordeste tem 1.346 vagas e 641 municípios. A Região Sul concentra 1.114 vagas em 481 localidades e a Centro-Oeste, 405 vagas para 161 cidades.

O edital está disponível no site do Governo Federal

Como funciona o programa

O programa Mais Médicos utiliza critérios na distribuição das vagas, como a situação de vulnerabilidade social, maior dependência do SUS para o acesso da população à saúde e dificuldade de provimento de profissionais.

O programa também oferece incentivos para reduzir a rotatividade dos médicos nas regiões de difícil acesso, como oportunidades educacionais e de formação, além de benefícios proporcionais ao valor mensal da bolsa para atuarem em periferias e regiões remotas. O Mais Médicos também pretende atrair profissionais formados com apoio do Governo Federal.

Desafios

Segundo um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, 41% dos participantes do Mais Médicos desistem em busca de capacitação e qualificação. Para alguns médicos, a vida profissional em áreas rurais ou em pequenos municípios pode não ser tão atraente quanto em grandes cidades devido a fatores como:

  • Menor remuneração: muitas vezes, os salários oferecidos por hospitais particulares e pequenos municípios são menores do que os oferecidos por hospitais maiores e/ou públicos.
  • Falta de recursos: hospitais particulares e pequenos municípios muitas vezes têm menos recursos, incluindo equipamentos, medicamentos e pessoal, o que pode dificultar o trabalho dos médicos e colocar em risco a segurança do paciente.
  • Falta de oportunidades de carreira: em hospitais menores, muitas vezes não há oportunidades para médicos avançarem em suas carreiras, o que pode ser desmotivador para alguns.
  • Menor suporte: hospitais menores muitas vezes têm menos equipes e menos especialistas, o que significa que os médicos podem ter que lidar com uma gama mais ampla de casos e ter menos suporte no local.

O ‘Mais Médicos’ traz a solução?

O Programa Mais Médicos do Brasil foi criado em 2013 com o objetivo de suprir a falta que os médicos acabam criando não aceitando trabalhar nestes locais. Com isso, o programa levar assistência médica para regiões carentes e remotas do país. Entre as principais qualidades do programa, podemos citar:

  1. Ampliação do acesso à saúde: o programa leva médicos para regiões que antes não tinham atendimento médico adequado, reduzindo as filas de espera e diminuindo a demanda por atendimento nos hospitais de média e alta complexidade.
  2. Melhoria da qualidade do atendimento: os médicos do programa Mais Médicos são supervisionados por profissionais experientes e capacitados, o que garante a qualidade do atendimento prestado à população.
  3. Fortalecimento da atenção básica: o programa contribuiu para o fortalecimento da atenção básica à saúde, que é a porta de entrada do sistema de saúde e responsável por prevenir doenças e realizar o acompanhamento de pacientes crônicos.
  4. Valorização dos médicos brasileiros: o programa valorizou a formação médica brasileira, ao exigir que os médicos participantes fossem formados no Brasil ou com diploma revalidado no país.
  5. Integração com outras políticas de saúde: o programa foi desenvolvido em conjunto com outras políticas de saúde, como a expansão do Programa Saúde da Família e a melhoria da infraestrutura das unidades básicas de saúde, o que contribuiu para uma atuação mais efetiva dos médicos no âmbito da atenção básica.

É importante ressaltar que o programa também enfrentou críticas e desafios ao longo dos anos, mas as qualidades mencionadas acima foram reconhecidas por muitos especialistas em saúde e pela própria população atendida pelo programa.

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